segunda-feira, 31 de maio de 2010

O FOLKLORISTA JOÃO SIMÕES LOPES NETO

CONSIDERADO O MAIOR ESCRITOR DO REGIONALISMO GAÚCHO.

Nasceu em Pelotas no ano de 1865, publicou apenas 3 livros, mas sua obra é de grande valia pois não fosse ele muitas das lendas teriam se perdido com o tempo.
como um agente representativo de sua terra e sua gente ultrapassou as fronteiras e tornou-se Universal, pela beleza e originalidade com que descrevia os estudos sobre lendas e outros fatos do Rio Grande do Sul.
O gosto pelas lendas adquiriu na fazenda do avô João, onde viveu até os 11 anos.Aos 17 passou a morar na cidade e tornou-se escritor, além de funcionário público, jornalista, industrial e corretor.
Salve JOÃO SIMÕES  LOPES NETO! BELA HERANÇA NOS DEIXASTE! 

ESTA LENDA ESCREVO AGORA, MAS TEM MAIS...MUITO MAIS...




Anguera                                                                             ana maria-gosto de estórias, lendas, mitos...




vocabulário;
Anguera= na mitologia dos Guaranis,significa "alma penada" alma saída do corpo dos mortos. No texto o folklorista usa o termo original, dando nome  a um personagem que tranformava-se em um fantasma alegre e brincalhão
ang=alma  e cuera ou guera- andar
farrapos- assim chamados pejorativamente aqueles que formaram o exército rio-grandense à época da Revolução Farroupilha, que durou 10 anos.1835 a 1845
chimarrita- tipo de dança popular de origem açoriana
estãncia=propriedade rural
fandango=dança sapateada de origem açoriana
índio- na linguagem popular do Rio Grande do sul chama-se não só ao indígena mas também ao homem do campo, valente, forte, destemido
nhanduti-trabalho de renda, imita uma teia de aranha
copla-pequena composição poética
pitando=fumando
o tapejara= o  conhecedor dos caminhos

O ANGUERA

O Anguera enquanto pagão, chamava-se desse nome, era um índio grande, forçudo e valente, mas era triste....carrancudo e calado.
Quando os Padres de Jesus entraram no sertão da serra, corridos que vinham doutro rumo, foi Anguera, o tapejara, que conduziu sem erro a companhia, e quando os padres sentaram pouso batizou-se.
E foi padrinho Mbororé, que era cacique e já amigo muito, dos padres. O nome Anguera, pagão, ficou sendo Generoso, nome de cristão.
E foi como cobra que deixa a casca...

Anguera, que era triste, deixou a casca da tristura e, como Generoso, de nome bento, ficou prazenteiro.
E ajudou a botar pedra no alicerce de todas as Igrejas dos SETE POVOS . E  durou anos neste ofício! e ele, sempre risonho e cantador.

Um dia chamou padre-cura, confessou-se e foi ungido de óleo santo e morreu...

Generoso morreu contente, pois a cara do seu cadáver guardou um ar de riso, e foi muito chorado....porque tinha a estima de todos, por ser mui prazenteiro e brincador.

De forma, que a sua alma saiu-lhe do corpo de jeito alegre, e e então, invisível, entrava nas casas dos conhecidos, passeava nos quartos, nas salas, e para divertir-se fazia estalar os forros do teto e os barrotes do chão, e também os trastes novos, e os balaios de vime grosso, e se achava dependurada a viola fazia sonar o encordamento para  alegrar-se com a lembrança de suas cantigas, de quando era vivo e cantava...

Outras vezes, assobiava nas juntas da sportas e janelas, espiando por elas os moradores da casa; e quando os homens rodeavam a candeia, pitando, ou as crianças brincando, ou as donas de casa costuravam ou faziam nhanduti, o Generoso-a alma dele- por acaso-soprava devagarzinho sobre a chama da luz, fazendo-a requebrar-se e balançar-se, que era para a sombra das cousas também mudar de estar queita...

E muitas vezes-até o tempo dos farrapos-quando se dançava o fandango nas estancias ricas ou a chimarrita nos ranchos do pobrerio, o Generoso intrometia-se e sapateava também, sem ser visto, mas sentiam-lhe as pisadas, bem compassadas no rufo das violas...e quando o cantador do baile era bom e pegava bem de ouvido, ouvia por ordem de Generoso repetia esta copla, que ficou-lhe conhecida como marca de estância antiga, sempre  a mesma:


Eu me chamo Generoso,
Morador em Pirapó,
gosto muito de dançar
Co" as moças de paletó....

sexta-feira, 28 de maio de 2010

SÃO BORJA - CHURRASCO GAÚCHO

A LENDA DA LAGOA VERMELHA.

fotos/pinturas;
1-desenho de exercícios de guerra dos indígenas guaranis reduzidos
2-foto de uma lagoa em Lagoa Vermelha, mas a Lagoa vermelha ficou sob a construção da cidade
3-Ignacio de Loyola-o fundador da congregação da Companhia de Jesus(jesuítas_)
4-planta baixa da redução de São Miguel Arcanjo, Rio Grande do sul- todas as reduções obedeciam a este plano diretor-a praça ao centro era onde faziam todas as reuniões do Conselho Padres e ìndigenas 

a lenda da LAGOA VERMELHA prova que os jesuítas estiveram aqui pelas redondezas, pois esta lenda  conta a história lendária de uma cidade do Rio Grande do Sul. Lagoa Vermelha  fica perto de Passo Fundo. 

Era preciso mais que fé para catequizar os índigenas na PROVINCIA DE SÃO PEDRO(ATUAL RIO GRANDE DO  SUL).
 padre Jesuíta que se dispusesse a tal tarefa teria de contar também com muita coragem, valentia, e sem dúvida, muito fôlego, para quando tivesse de fugir  dos ataques dos bandeirantes.

vocabulario:bandeirantes= denominação dos participantes das bandeiras, expedições de incursão ao interior do Brasil organizadas pelos colonizadores portugueses, especialmente nos séculos 16 e 17. as bandeiras exploravam os sertões, abrindo trilhas e incorporando novos territorios ao domínio de Portugal, escravizavam indígenas e exploravam áreas  ricas em ouro e pedras preciosas.

a lenda DA LAGOA VERMELHA

Essa era a rotina das reduções jesuíticas nesses campos. Convertiam-se alguns índios, fundava-se um povoado, iniciava-se o plantio das lavouras e a construção das primeiras moradias. quando estava ficando pronta a parede da Igreja, apareciam bandos de traficantes de escravos, levando todos os bugres de roldão e matando quem oferecesse resistência. Os padres  que porventura tivesses alguma coisa a dizer contra aquele ato de violência encontravam Deus mais cedo do que supunham...

Na maioria dos casos, sucumbiu a experência dos jesuítas espanhóis no Estado, expulsos de cada uma das suas reduções. Só restava aos padres esperar pela inevitável notícia de que os bandeirantes estavam chegando para juntar suas coisas e bater em retirada, não sem antes ordenar aos índigenas que pusessem fogo em tudo o que havia sido construído enquanto foi possível.

Consta que numa desas reduções, que ningúem sabe dizer exatamente em qual , havia mais coisas que podiam interessar aos bandeirantes, além de índios. Planejava-se construir no local uma grande catedral, um marco daquela grande aventura que agora ia terminando. Para enfeitar o templo, castiçais, candelabros, cruzes, de ouro e prata, uma mais bonita que a outra, algumas com jóias incrustadas. Para pagar pelo trabalho dos artesãos, moedas e ouro em pó haviam chegado até aqueles cafundós....Os bandeirantes não poupariam ninguém em seu caminho para alcançar essa riqueza todas, e os jesuitas sabiam disso.

Quando a dominação da aldeia era só uma questão de tempo, os padres trataram de salvar sua riqueza. Toda a fortuna foi colocada em uma carreta e nela partiram alguns clérigos e mais uns índios. saíram sem direção, só pensando em escapar dos bandeirantes, que logo chegariam até a redução.

Não passou muito tempo até que o grupo se desse conta de que seria capturado e não havia como  salvar o tesouro. As mulas que puxavam  o veiculo já davam sinal de cansaço...Ao longe, entre coxilhas se via a fumaça da aldeia em chamas. Os bandeirantes não tardariam.

Passando por uma lagoa, os padres não pensaram duas vezes. Soltaram os animais, empurraram o veículo até a beira de um barranco e dali jogaram a carreta dentro da lagoa, onde ela afundou lentamente. Todo o ouro foi para o fundo das águas. Se não podia ser da Igreja, não podia ser de mais ninguém.

Ninguém jammais poderia saber a localização exata do tesouro. Por garantia os padres teriam assassinado os índios que tão servilmente os haviam acompanhado e jogaram seus corpos na lagoa também. Quando o sangue dos bugres se misturou com a água , a lagoa ficou vermelha.

essa lagoa hoje não existe mais, Foi enterrada para que ali surgisse LAGOA VERMELHA  , O MUNICÍPIO. E O TESOURO DOS JESUÍTAS?

 Se a  história da fuga realmente ocorreu, está lá ate hoje, embaixo da área construída da cidade. quem quisesse encontrá-lo poderia começar a cavar buracos no meio da rua, mas com certeza correria o risco de armar uma baíta confusão....

quarta-feira, 26 de maio de 2010

MAIS UMA LENDA-ESTA É INDÍGENA




vocabulário= Tapes= tribos de indígenas Guaranis que habitavam parte da região  central do Rio Grande do Sul, desde as Missões até os vales dos rios Jacuí e Taquari

Tupã=Na lingua tupi, designa manifestações meteorológicas como trovões, raios, Os Jesuítas associaram depois Tupã com a idéia de Deus.
AS LAGRIMAS DE OBIRICI


Em todo o Rio Grande do Sul  rios, cidades, ruas^são denominadas com nomes indígenas como o PASSO  DA AREIA EM PORTO ALEGRE, EM TUPI RIACHO IBICUIRETÃ, DA LENDA INDÍGENAS "AS LÁGRIMAS DE OBIRICI"

eis a lenda:

quando o homem branco sequer havia pisado naqueles areais, ali se instalara a tribo tupi-mirim, da nação tapes. espremidos entre o Gaíba e morros, volta e meia precisavam defender sua taba com paus, pedras, arco e flecha de ataques das tribos inimigas. Os tupi-mirins viviam em permanente alerta. e como não tinham cacique, eram comandados por um chefe guerreiro. se este adoecia ou morria, cabia ao conselho de anciãos  escolher um novo líder para as batalhas que viriam.

Depois de eleito, o chefe, geralmente jovem e solteiro, começava a despertar a atenção das índias solteiras. Aquele que até outro dia era apenas mais um entre os seus, se convertia em um abençoado de Tupã, um escolhido dos deuses. e assim suscitava uma disputa entre as donzelas da aldeia. todas passavam a usar seus enfeites mais bonitos, suas tintas mais coloridas, seus perfumes mais cheirosos. Tudo para conquistar o coração do agora poderoso guerreiro. 

Mas com Obirici, uma linda jovem daquela tribo, os sentimentos não funcionavam deste jeito. Desde curumim ela nutria amor por um único índio. Nunca havia confessado sua paixão, no entanto amava em segredo, em silêncio, sózinha.

 Quis o destino que o índio por quem ela era apaixonada fosse escolhido  o chefe guerreiro dos tupi-mirins. Obirici pensou, então, que chegara o momento para se declarar.

-Grande chefe, estou aqui para dizer que te amo. quero ser sua esposa, passar a vida a teu lado.
-tu não és as única a declarar amor por mim Obirici.

-outra índia se apresentou como pretendente?
-Sim.. ela diz me amar como ninguém mais me amaria.
-Mas eu te amo tanto quanto ela até. É desde senpre...desde que soube o que era amar alguém....

-eu acredito, Obirici, mas estou indeciso.

Diante do tímido amor de sempre e da paixão repentina, o índio não soube  o que fazer. Foram dias tristes para Obirici. passou noites em claro, chorando, soluçando, odiando amar.

Como o novo chefe guerreiro não chegava a uma decisão ele proprio pediu que o sábio conselho de anciãos estabelecesse uma solução para o impasse.
assim foi feito: as duas pretendentes disputariam um torneio de arco e flecha. A vencedora seria a mulher do chefe guerreiro.

No dia do desafio toda a tribo reuniu-se para assitir ao grande acontecimento. nunca a disputa para ser esposa do chefe havia chegado tão longe. Muitos repararam que Obirici demonstrava estar muito nervosa, enquanto que a concorrente parecia ganhar confiança com toda aquela gente como assistência.

Obirici transbordava  insegurança. Tremia seu arco, tremia sua flecha, tremia seu braço, suas pernas, seu corpo todo....O mundo tremia a seu redor....suas flechas atingiam o alvo sem muita convicção, como se tivesses deistido do vôo no meio do caminho.

A outra  índia parecia mais afeita ao arco e flecha. Seus disparos eram precisos, fulminantes, certeiros. Cada flecha sua que  acertava o alvo era como se  acertasse também o coração de Obirici. aos poucos sua vitória foi se tornando evidente.

perdeu Obirici. Perdeu a batalha, perdeu seu amado, perdeu a razão. enclausurada em sua oca, só fazia chorar. Não comia, não bebia, não dormia, quase esquecia até de respirar. No dia do casamento do homem que que havia rejeitado seu amor, não aguentou de sofrimento. Saiu da aldeia correndo, em prantos , para longe, em direção a um ponto mais alto do areal.

Era noite de lua cheia, e para a lua Obirici chorou. era noite estrelada, e para as estrelas Obirici chorou, uma lágrima para cada  ponto brilhante do céu. chorou tanto que sua face aos poucos foi se convertendo em lágrimas, e suas lágrimas viraram um riacho, que foi fazendo seu caminho  pela areia até chegar à aldeia.

Primeiro  assustados, depois consternados, os tupi-mirins perceberam que o rio eram as lágrimas de sofrimento de Obirici. chamaram o arroio de Ibicuiretã, e os açorianos quando aqui chegaram o rebatizaram de Passo da Areia, que deu nome ao bairro.

Não há mais areaia, não há mais passo, mas obirici ainda existe. Próximo ao viaduto que leva o seu nome e que se ergue sobre a Avenida Assis Brasil, a índia está imortalizada em uma escultura, com os braços para o céu, pedindo um alento a Tupã.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

LENDAS SULRIOGRANDENSES

São denominadas LENDAS as narrativas bem localizadas  no tempo e no espaço, com personagens definidos que contenham um caráter mágico, sobrenatural e muitas vezes incluem divindades(Deus, Menino Jesus, Nossa Senhora)...estas manifestações folkloricas que eram passadas apenas por via oral foram objeto de estudo de muitos folkloristas e passaram para o livro para serem perpetuadas. Vou escrever algumas lendas, se bem que devem existir mais de 30 escritas.
Falando também que as lendas indígenas são as mais remotas no tempo , de quando o indígenas vivia no Rio Grande do Sul sem a presença  ou convivencia com o homem branco.

A LENDA DE MBOITATÁ

A MANEIRA COMO O PRIMITIVO GAÚCHO CONTAVA A HISTORIA DO FENÔMENO QUE É O FOGO FÁTUO.





palavras do dicionário gaúcho:
-téu-téu=quero-quero
-nhanduvai-árvore de lenha de muita resistência
- o mesmo que nhanduvá- usa-se tb para lenha
-sorro-manhoso, astuto
-minuano-vento frio e seco que sopra do sudoeste no inverno
-estrela d'alva-planeta vênus
-santa-fé-especie de capim
-tiriricas-erva daninha
-boiguaçu-cobra grande- do tupi guarani  -   -    mboi=cobra guaçú=grande
tapejara-alguem cohecedor dos caminhos de um determinado  lugarou de uma região, Palavra de origem tupi= tape"yara=aquele que toma o caminho
boitata- do tupi guarani, designa o fenomeno do fogo fátuo. tatá=fogo e mboi=cobra= mboitatá ou boitatá =cobra de fogo=fogo fátuo
pastiçal=lugar de pastagem farta
mãos de lua=dá-se á mão o significado de uma volta completa, neste caso o ciclo das quatro luas



A LENDA DO MBOITATÁ

Foi assim:
num tempo muito antigo, houve uma noite tão comprida, que parecia que nunca mais haveria luz do dia.

Noite escura como breu, sem lume no céu, sem vento, sem serenada e sem rumores, sem cheiro dos pastos maduros nem das flores da mataria...
Os homens viveram abichornados, na tristeza dura, e porque churrasco não havia, não mais sopravam labaredas nos fogões e passavam comendo canjica insossa, os borralhos estavam apagando e era preciso poupar os tições...
Os olhos andavam tão enfarados d anoite, que ficavam parados, horas e horas, olhando sem ver a sbrasas vermelhas do nhanduvai...as brasas somente, porque as faíscas, que alegram, não saltavam, por falta , por falta do sopro forte de bocas contentes....
Naquela escuridão fechada nenhum tapejara  seria capaz de cruzar pelos trilhos do campo, nenhum flete crioulo teria faro nem ouvido nem vista para bater na querência, até nem sorro daria no seu proprio rastro!

E a noite velha ia andando...ia andando....

Minto:

no meio do escuro e do silencio morto, de vez em quando , ora numa banda ora doutra, de vez em quando uma cantiga forte , de bicho vivente, furava o ar: era o téu-téu  ativo que não dormia desde o entrar do último sol e vigiava sempre, esperando a volta do sol novo, que devia vir e que tardava tanto já....

Só o téu-téu de vez em quando cantava o seu quero-quero! Tão claro, vindo de lá do fundo da escuridão, ia aguentando a esperança dos homens, dos amontoados no redor avermelhado das brasas.

Fora disto, tudo, tudo o mais era silencio; e de movimento  então , nem nada.

Minto:
na última tarde que houve sol, quando o sol ia descambando para o outro lado das coxilhas, rumo do minuano, e de onde sobe a estrela d"alva, nessa última tarde tambem desabou uma chuvarada tremenda; foi uma manga-d'agua que levou um tempão a cair, e durou...e durou....

Os campos foram inundados; as lagoas subiram em fitas coleando pelos tacuruzais e banhados, que se juntaram, todos, num: os passos cresceram e todo aquele peso d'agua correu para as sangas e das sangas para os arroios, que ficaram bufando, campo fora, campo fora, afogando as canhadas, batendo no lombo das coxilhas. E nessas coroas é que ficou sendo o paradouro da animalada, tudo misturado, no assombro. e eram terneiros e pumas, tourada e potrilhos, perdizes e guaraxains, tudo amigo, de puro medo. e então!....
Nas copas dos butiás vinham encostar-se bolos de formigas, cobras se enroscavam na enrediça dos aguapés; e nas estivas de santa-fé, e das tiriricas boiavam os ratões e outros miúdos.

E, como a água encheu as tocas, entrou também na cobra- grande, a boiguaçú -que havia já muitas mãos de lua   dormia  quieta, entanguida. Ela então acordou-se e saiu, rabeando.
Começou depois a mortandade dos bicho e boiguaçu pegou a comer carniças. Mas só comia os olhos e nada, nada mais.

A água foi baixando, a carniça foi cada vez mais engrossando, e a cada hora mais olhos a cobra-grande comia.

Cada bicho guarda no corpo o sumo que comeu.
A tambeira que só come trevo maduro dá no leite o cheiro doce do milho verde, o cerdo  que come carne de bagual nem vinte alqueires de mandioca o limpam bem, e o socó tristonho e o biguá matreiro até no sangue têm cheiro de pescado. Assim também, nos homens, que, até sem comer nada, dão nos olhos a cor de seus arrancos.
O homem de olhos limpos, é guapo e mão -aberta; cuidado com os vermelhos, mais cuidado com os amarelos, e toma tenencia  doble com os raiados e baços!....
Assim  foi  também, mas doutro jeito, com a boiguaçu, que tantos olhos comeu.

Todos-tantos, tantos! que a cobra-grande comeu-guardavam, entranhado e luzindo, um rastilho da última luz que eles viram do último sol, antes da noite grande que caiu....e os olhos- tantos tantos!-com um pingo de  luz de  cada um foram sendo  devorados; no princípio um punhado, ao depois uma porção, depois um bocadão, depois; como uma braçada....

e  vai.

como a boiguaçu não tinha pelos como o boi, nem escamas como o dourado, nem penas como o avestruz, nem casca como o tatu, nem couro grosso Como a anta, vai, o seu corpo foi ficando tranparente, clareado pelos miles de luzezinhas, dos tantos olhos que foram  esmagados dentro dele, deixando a cada qual  sua pequena réstia de luz.
e vai, afinal, a boiguaçu toda já era uma luzerna, um clarão sem chamas, já era um fogaréu azulado, de luz amarela e triste e fria, saída dos olhos, que fora guardada neles, quando ainda estavam vivos...

Foi  assim e foi por isso que os homens, quando pela primeira vez viram a boiguaçu  tão demudada, não a conheceram mais.Não conheceram e julgando que era outra , muito outra, chamam-na , desde então de BOITATÁ, cobra de fogo, boitatá, a boitatá!

e muitas vezes a boitatá rondou as rancherias, faminta, sempre que nem chimarrão. era então que o téu-téu cantava, como bombeiro.

e os homens, por curiosos, olhavam pasmados, para aquele grande corpo de serpente, tranparente, tatá- de fogo- que media mais braças que tres laços de conta e ia alumiando baçamente as carquejas...e depois, choravam.
choravam, desatinados do perigo, pois as suas lágrimas também guardavam tanta ou mais luz que só os olhos....  e a boitatá ainda cobiçava os olhos vivos dos homens, que já os das carniças a enfaravam.....

Mas, como dizia:
na escuridão só avultava o clarão baço do corpo da boitatá, e era por ela que o téu-téu cantava de vigia, em todos os flancos da noite.

Passado um tempo, a boitatá morreu, de pura fraqueza morreu, porque os olhos comidos encheram-lhe o corpo mas lhe não deram sustância, pois que sustância nao tem a luz que os olhos em si entranhada tiveram quando vivos....

Depois de rebolar-se rabiosa nos montes de carniça, sobre os couros pelados, sobre as carnes desfeitas, sobre as cabelamas soltas, sobre as ossamentas desparramadas, o corpo dela desmanchou-se, também como cousa da terra, que se estraga de vez.

e foi então que a luz que estava presa se desatou por aí.
e até pareceu cousa mandada: o sol apareceu de novo!

Minto:

apareceu, sim, mas não veio de supetão.
primeiro foi-se adelgaçando o negrume, foram despontando as estrelas, e estas se foram sumindo no colorado do céu; depois foi foi sendo mais claro, mais claro, mais claro, e logo, lonjura , começou a subir uma lista de luz....

depois a metade de uma cambota de fogo....e já foi o sol que subiu, subiu, subiu, até vir a pino e descambar como dantes, e desta feita, para igualar o dia e a noite, em metades, para sempre.

tudo o que morre no mundo se junta à semente de onde nasceu, para nascer de novo; só a luz da boitatá ficou sozinha, nunca mais se juntou com a outra luz de que saiu.
Anda sempre arisca e só, nos lugares onde quanta mais carniça houve, mais se infesta. e no inverno, de entanguida, não aparece e dorme, talvez entocada.
Mas no verão , depois da quentura dos mormaços, começa estão o seu fadário.
a boitatá toda enroscada, como uma bola-tatá, de fogo! começa a correr pelo campo, coxilha abaixo, lomba acima, até que horas da noite!
é um fogo amarelo e azulado, que não queima a macega seca nem aquenta  água dos mananciais, e rola, gira, corre, corcoveia,  e se despenca e arrebenta-se  apagado....e quando um menos espera aparece, outra vez, do mesmo jeito.

Quem encontra a boitatá pode até ficar cego...quando alguém topa com ela só tem dois meios de se livrar: ou ficar parado, muito quieto, de olhos fechados, apertados e sem respirar até ir-se ela embora, ou , se anda a cavalo, desenrodilhar o laço, fazer uma armada grande e atirar-lhe em cima, e tocar a galope, trazendo o laço de arrasto, todo solto, até a ilhapa!

a boitatá vem acompanhando o ferro da argola...mas de repente, batendo numa macega, toda se desmancha, e vai, esfarinhando a luz, para emulitar-se de novo, com vagar, na aragem que ajuda.

Campeiro precatado! reponte o seu gado da querência da boitatá: o pastiçal, aí, faz peste....
Tenho visto!

domingo, 23 de maio de 2010

Causos do Gaúcho de Passo Fundo Seu Rubis

CAUSOS

Causos:  quando estão em uma roda costuma-se contar "causos" .Podemos comparar o "causo" como "contador de histórias". É um tipo teatral de expressão, narração de fatos, aumentando em muito a veracidade real do acontecido.Os causo das escrituras: "versão GAUDÉRIA"


Pois não sei se já les contei o causo das Escritura Sagrada.



Se não les contei, les conto agora. A história essa é meio comprida, mas vale a pena contá por causa dos revertério.



De Adão e Eva acho que não é perciso contá os causo, porque todo mundo sabe que os dois foram corrido do Paraíso por tomá banho pelado numa sanga.



Naqueles tempo, esse mundaréu todo era um pasto só sem dono, onde não tinha nem dele nem meu.



O primeiro índio a botá cerca de arame foi um tal de Abel.



Mas nem chegou a estendê o primeiro fio porque levou um pontaço no peito do irmão dele, um tal de Caim, que tava meio desconforme com a divisão.



O Caim, entonces, ameaçado de processo feio, se bandeou pro Uruguay. Deixou o filho dele, um tal de Noé, tomando conta da estância.



A estância essa ficava nas barranca de uma corredera e o Noé, uns ano despois, pegou uma enchente muito feia pela frente. Cosa munto séria. Caiu água uma barbaridade.



Caiu tanta água que tinha até índio pescando jundiá em cima de cerro.



O Noé entonces botou as criação em cima de uma balsa e se largou nas correnteza, o índio velho.



A enchente era tão braba que quando o Noé se deu conta a balsa tava atolada num banhado chamado Dilúvio.



Foi aí que um tal de Moisés varou aquela água toda com vinte junta de boi e tirou a balsa do atoleiro.



Bueno, aí com aquele desporpósito, as família ficaram amiga.



A filha mais velha do Noé se casou-se com o filho mais novo do Moisés e os dois foram morá numa estância muito linda, chamada estância da Babilônica.



Bueno, tavam as família ali, tomando mate no galpão, quando se chegou um correntino chamado Golias, com mais uns trinta castelhano do lado dele.



Abriram a cordeona e quiseram obrigá as prenda a dança uma milonga.



Foi quando os velho, que eram de muito respeito, se queimaram e deu-se o entrevero. Peleia braba, seu. O correntino Golias, na voz de vamos, já se foi e degolou de um talho só o Noé e o velho Moisés.



E já tava largando planchaço em cima do mulherio quando um piazito carretero, de seus dez ano e pico, chamado Davi, largou um bodocaço no meio da testa do infeliz que não teve nem graça. Foi me acudam e tou morto.



Aí a indiada toda se animou e degolaram os castelhano.



Dois que tinham desrespeitado as prenda foram degolado com o lado cego do facão. Foi uma sanguera danada. Tanto que até hoje aquele capão é chamado de Mar Vermelho.



Mas entonces foi nomeado delegado um tal de major Salomão. Homem de cabelo nas venta, o major Salomão.



Nem les conto! Um dia o índio tava sesteando quando duas velha se bateram em cima dum guri de seus seis ano que tava vendendo pastel. O major Salomão, muito chegado ao piazito, passou a mão no facão e de um talho só cortou as velha em dois. Esse é o muito falado causo do Perjuízo de Salomão que contam por aí.



Mas, por essas estimativas, o major Salomão, o que tinha de brabo tinha de mulherengo.



Eta índio bueno, seu. Onde boleava a perna, já deixava filho feito. E como vivia boleando a perna, teve filho que Deus nos livre.



E tudo com a cara dele, que era pra não havê discordância. Só que quando Deus nosso Senhor quer, até égua véia nega estribo.



Logo a filha das predileção do major Salomão, a tal de Maria Madalena, fugiu da estância e foi sê china de bolicho.



Uma vergonhera pra família. Mas ela puxou a mãe, que era uma paraguaia meio gaudéria que nunca tomô jeito na vida.



O pobre do major Salomão se matou-se de sentimento, com uma pistola Eclesiaste de dois cano.



Mas, vejam como é a vida. Pois essa mesma Maria Madalena se casou-se três ano despois com um tal de coronel Ponciano Pilatos.



Foi ele que tirou ela da vida. Eu conheço uns três caso do mesmo feitio e nenhum deles deu certo.



Como dizia muito bem o finado meu pai, mulher quando toma mate em muita bomba, nunca mais se acostuma com uma só. Mas nesses contraproducente, até que houve uma contrapartida.



O coronel Ponciano Pilatos e a Maria Madalena tiveram doze filho, os tal de aposto, que são muito conhecido pelas caridade que fizeram. Foi até na casa deles que Jesus Cristo churrasqueou com a cunhada de Maria Madalena, que despois foi santa muito afamada. A tal de Santa Ceia.



Pois era uns tempo muito mal definido. Andava uma seca braba pelos campo.



São José e a Virge Maria tinham perdido todo o gado e só tavam com uma mula branca no potrero, chamada Samaritana. Um rico animal, criado em casa, que só faltava falá. Pois tiveram que se desfazê do pobre.



E como as desgraça quando vem, já vem de braço dado, foi bem aí que estouraram as revolução.



Os maragato, chefiado por uma tal de coronel Jordão, acamparam na entrada da Vila.



Só não entraram porque tava lá um destacamento comandado pelo tenente Lazo, aquele mesmo que por duas vez foi dado por morto.



Mas aí um cabo dos provisório, um tal de cabo Judas, se passou-se pros maragato e já se veio uns tal de Romano, que tavam numas várzeas, e ocuparam a Vila.



Nosso Senhor foi preso pra ser degolado por um preto muito forte e muito feio chamado Calvário. Pois vejam como é a vida. Esse mesmo preto Calvário, degolador muito mal afamado, era filho da velha Palestina, que tinha sido cozinheira da Virge Maria.



Degolador é como cobra, desde pequeno já nasce ingrato.



Mas entonces botaram Nosso Senhor na cadeia, junto com dois abigeatário, um tal de João Batista e o primo dele, Heródio dos Reis.



Os dois tinham peleado por causo de uma baiana chamada Salomé e no entrevero balearam dois padre, monsenhor Caifás e o cônego Atanásio.



Mas aí veio uma força da Brigada, comandada pelo coronel Jesus Além, que era meio parente do homem por parte de mãe e com ele veio mais três corpo de provisório e se pegaram com os maragatos. Foi a peleia mais feia que se tem conhecimento. Foi quarenta dia e quarenta noite de bala e bala.



Morreu três santo na luta: São Lucas, São João e São Marco. São Mateus ficou três mês morre não morre, mas teve umas atenuante a favor e salvou-se o índio.



Nosso Senhor pegou três balaço, um em cada mão e um que varou os pé de lado a lado. Ainda levou mais um pontaço do mais velho dos Romanos, o César Romano, na altura das costela.



Ferimento muito feio que Nosso Senhor curou tomando vinagre na sexta-feira da paixão.



Mas aí, Nosso Senhor se desiludiu-se dos home, subiu na Cruz, disse adeus pros amigo e se mandou-se de volta pro céu. Mas deixou os dez mandamentos, que são cinco e que se pode muito bem acolherá em dois:



1 - não se mata home pelas costa



2 - nem se cobiça mulher dos outros pela frente

FRASES COMPARATIVAS

O Gaúcho usa também na expressão do dia a dia frases feitas, bem humoradas, tais como:

=Faceiro que nem ganso novo
-Feia como mulher de cego
-Bonita que nem laranja de amostra
-Esfarrapado que nem poncho de gaudério.
-Vivo como cavalo de contrabandista.
-Furado como poncho de calaveira.
-Mais conhecido do que parteira de campanha
-Tinha mais talho do que tábua de picar  carne.
-Tranquilo que nem cozinheiro de hospício.
-anda como pau de enchente.
-amarga como erva caúna.

sábado, 22 de maio de 2010

AS ADIVINHAÇÕES

Adivinhações ou adivinhas é uma brincadeira de procurar uma resposta para uma pergunta pelos processos de associação comparação ou analogia. Através do raciocínio lógico adivinhar a conclusão ou resposta do que é perguntado. algumas adivinhações:

Quem é?

Torce nas orelhas
aperta no pescoço,
faz "cosca" na barriga,
e chia que é um colosso?
R=o violão

Quem sou eu?
Nasci na campina,
me criei na queimada.
Para não dar gosto a ninguem,
nasci de boca fechada.
R=o porongo

A diferença entre a calça e a bota?
r= a calça a gente bota e a bota  a gente calça. 






sexta-feira, 21 de maio de 2010

A Casa Das Sete Mulheres

LINGUAGEM E LITERATURA FOLKLORICA DO RIO GRANDE DO SUL

O falar do gaúcho tem caracteristicas proprias e com isto se explica as influencias de diversas heranças populares e eruditas. as variadas manifestações de linguagem tanto oral como escrita são usuais do dia a dia do gaúcho. Incorporadas são faladas e versadas, as vezes causando constrangimentos aos outros brasileiros que não entendem este particular.´São como um dialeto proprio, as vezes chamado gauchês. São adágios,ADIVINHAÇÕES, FRASES COMPARATIVAS, CAUSOS, LENDAS. QUADRINHAS E TROVAS.. destas as que eu mais gosto são as lendas, mas citarei de tudo um pouco.

ADÁGIOS:

antigos como a Humanidade são provérbios proprios do gaúcho e revelam a filosofia, a forma de pensar, a ética, a política, o amor.... 

Alguns ditos gauchescos:

-diga-me com quem andas e te direi quem és.
-A cavalo dado não se olha o pêlo
-Não te apotres que domadores não faltam.
-devagarito nas pedras
-Deus tira os dentes mas alarga a guela.
-O diabo faz a panela mas não faz a tampa.
-animal bagual põe os gansos a perder.
-quem ordenha bebe o apojo.
-macaco velho não mete a mão em cumbuca.
-àgua mole em pedra dura, tanto bate até que fura.
-Cachorro ovelheiro só matando.
-Não há tropa sem boi corneta
-O sol, é o poncho do pobre.
-Pau que nasce torto, morre torto.
-inverno sem Minuano, caracu sem tutano.-
-Não guasqueies sem precisão, nem grites sem ocasião.

sábado, 15 de maio de 2010

DESCENDENTES DE ITALIANOS ADEREM AOS CTGS

AGORA OS TRAGES SÃO SOFISTICADOS

EVOLUÇÃO DOS TRAGES

TRES SECULOS DE HISTORIA DO POVO GAUCHO-OS TRAGES

QUEM É O POVO GAUCHO

Resultado da mistura das raças , este é o povo gaúcho. Mistura de indigenas, portugueses, africanos, alemães, italianos, poloneses, holandeses, durante tres séculos estas raças misturaram-se formando o GAUCHO DE HOJE. Os Trages típicos foram evoluindo também com o passar do tempo.

No século XVI quando os europeus chegaram ao Rio Grande do Sul encontraram várias nações indígenas: TAPUIAS, OU JÊS, PAMPEANOS, TUPI-GUARANIS, as quais, conforme sua cultura propria , andavam quase nus, usando peles e couros de animais nativos como proteção do frio usavam o cayapy que eras um manto ou capa de couro de boi.
Os padres jesuítas espanhóis foram os primeiros brancos a ocupar o solo riograndense a mando da PENINSULA IBERICA. OS PADRES VISAVAM SALVAR ALMAS, OS PORTUGUESES E ESPANHÓIS DOMINAR OS INDIGENAS ATRAVES DA RELIGIOSIDADE PARA TOMAR O TERRITOrIO DOS MESMOS.Gradativamente os nativos foram obrigados a abandonar-não sem resistencia- seus usos e costumes consforme os padróes estabelecidos pelos brancos que consideram heresia o modus vivendi deles.  

quarta-feira, 12 de maio de 2010

instrumentos musicais gauchescos








INSTRUMENTOS MUSICAIS TÍPICOS



O ACOMPANHAMENTO MUSICAL BASICO DAS DANÇAS GAÚCHAS É FEITO COM GAITA, VIOLÃO, CONTANDO ÁS VEZES COM ACRESCIMOS DE ALGUNS INSTRUMENTOS DESCRITOS COMO SEGUE:



O MAIS ANTIGO INSTRUMENTO MUSICAL USADO PELO GAÚCHO FOI A VIOLA, COMPOSTA POR 10 OU 12 CORDAS .TEVE SEU ÁPICE DURANTE O PERÍODO DAS DANÇAS SAPATEADAS E DAS DE PARES SOLTOS.



A RABECA:ESPECIE DE VIOLINO, DE CONFECÇÃO CRIOULA, COM QUATRO CORDAS DE TRIPA E FRICCIONADAS COM CORDAS DE DCRINA DE CAVALO UNTADAS COM BREU.



O VIOLINO FOI INTRODUZIDO PELOS PADRES JESUÍTAS.

O ACORDEON- CORDEONA OU GAITA-FOI INTRODUZIDA PELOS IMIGRANTES ITALIANOS NO SECULO XVIII-

O VIOLAO É DE ORIGEM ESPANHOLA, NUMERO DE SEIS CORDAS

O PANDEIRO FOI TRAZIDO PELOS PORTUGUESES E É UM INSTRUMENTO D EPERCUSSÃO.



E SEGUE O BAILE!VIVA A MUSICA GAÚCHA!

Postado por Ana Maria às 05:14 0 comentários

sábado, 8 de maio de 2010

terça-feira, 4 de maio de 2010

A ERVA MATE

A erva-mate (ilex Paraguariensis) é uma árvore da familia das aquifoliáceas, planta de clima temperado quente, originário da America do Sul  , era fundamental nos costumes alimentares dos índigenas americanos. Os índios guaranis  legaram ao gaúcho a bebida utilizada No Paraguai desde 1554. Tomar a erva em infusão na água quente, em chimarrão , é herança adaptada aos hábitos mais civilizados. primitivamente, a infusão era fria, embora feita em cuia e servidA  através da bomba , a qual consistia em um pedaço de taquara.

A idéia da árvore símbolo surgiu com o agronômo Arrentus Bettiol, ao ser desafiado por um colega paulista o qual disse que o Rio grande do sul não tinha árvore símbolo. Após estudos e movimentação das autoridades e instituições, a erva mate foi adotada como símbolo em virtude de ser um produto significativo  economicamente, sem falar na maneira como é cultuada. Na mesma lei (7430/80)foi também instituída a SEMANA ESTADUAL DA ERVA-MATE, a ser comemorada   na segunda semana do mes de setembro.