quinta-feira, 2 de setembro de 2010

QUEM É LUIS CARLOS BORGES

Luís Carlos Borges




Luís Carlos Borges (Santo Ângelo, 25 de março de 1953) é um músico instrumentista, compositor e intérprete brasileiro.



É considerado um dos principais nomes da música regional do Rio Grande do Sul. Participou e venceu diversos festivais. Atuou, também, como jurado, idealizador e organizador do Musicanto Sul-Americano de nativismo na cidade de Santa Rosa.



Músico desde os sete anos de idade, iniciou sua carreira no conjunto Irmãos Borges, na sua cidade natal. Mais tarde quando estudante universitário em Santa Maria - RS, iniciou sua carreira solo a partir do sucesso com a composição Tropa de Osso, premiada na 9ª edição da Califórnia da Canção Nativa do RS, movimento musical que revolucionou a Música Tradicional Gaúcha na década de 70.



Luiz Carlos Borges seguiu carreira alicerçando seus conhecimentos no Curso Superior de Música. Em 1980, formou-se em música pela Universidade Federal de Santa Maria e assumiu a direção do Centro Cultural Municipal e Biblioteca Pública daquela cidade. Ainda em 1980, gravou seu primeiro LP individual Tropa de Osso, um trabalho para todo o Estado.



A partir dai Borges investiu na renovação da música regional gaúcha. Em 1982, mudou-se para São Borja, onde assumiu a Assessoria de Cultura e Turismo daquele município e passou a trabalhar no Projeto "São Borja 300 anos de História", durante todo ano.



Neste mesmo ano gravou o seu segundo LP individual: Noites, Penas e Guitarra. Em 1983, a convite da administração municipal, assumiu em Santa Rosa a assessoria de Cultura e Turismo, onde idealizou e desenvolveu o Projeto Musicanto Sul-Americano de Nativismo, que resgata os costumes populares da região, e abre espaço para toda América do Sul mostrar o que se produz em termos musicais nativos cm cada região dos países sul-americanos.



Gravou uma música com Mercedes Sosa em seu último trabalho Cantora (álbum).



Foi presidente do Instituto Gaúcho de Tradição e Floclore, tendo como diretores Ivo Benfato, Vinicius Brum e Fabrício Coelho.



LUIS CARLOS BORGES

LETRA DA MUSICA "FLORENCIO GUERRA"

esporas antigas chamadas de "nazarenas"
    Florêncio Guerra


Luiz Carlos Borges

(Florêncio afiou a faca para sangrar seu cavalo

Florêncio afiou a faca para sangrar seu cavalo

Florêncio afiou a faca para sangrar seu cavalo)



Florêncio guerra das guerras do tempo em que seu cavalo

Pisava estrelas nas serras pra chegar antes dos galos

Florêncio guerra das guerras do tempo em que seu cavalo

Pisava estrelas nas serras pra chegar antes dos galos

Florêncio afiou a faca pensando no seu cavalo

Florêncio afiou a faca pensando no seu cavalo



(Florêncio afiou a faca para sangrar seu cavalo

Florêncio afiou a faca para sangrar seu cavalo

Florêncio afiou a faca para sangrar seu cavalo)



Parceiros pelas lonjuras na calma das campereadas

Um barco em tardes serenas um tigre numa porteira

Pechando boi pelas primaveras sem mango sem nazarenas



(Florêncio afiou a faca para sangrar seu cavalo

Florêncio afiou a faca para sangrar seu cavalo

Florêncio afiou a faca para sangrar seu cavalo)



O patrão disse a Florêncio que desse um fim no matungo

Quem já não serve pra nada não merece andar no mundo

A frase afundou no peito e o velho não disse nada

E foi afiar uma faca como quem pega uma estrada



Acharam Florêncio morto por cima do seu cavalo

Alguém que andava no campo viu o centauro sangrado

Caídos no mesmo barro voltando pra mesma terra

Que deve tanto ao cavalo e tanto a Florêncio guerra

Caídos no mesmo barro voltando pra mesma terra

Que deve tanto ao cavalo e tanto a Florêncio guerra

O patrão disse a Florêncio que desse um fim no matungo

Quem já não serve pra nada não merece andar no mundo

A frase afundou no peito e o velho não disse nada

E foi afiar uma faca como quem pega uma estrada



Acharam Florêncio morto por cima do seu cavalo

Alguém que andava no campo viu o centauro sangrado

Caídos no mesmo barro voltando pra mesma terra

Que deve tanto ao cavalo e tanto a Florêncio guerra

Caídos no mesmo barro voltando pra mesma terra

Que deve tanto ao cavalo e tanto a Florêncio guerra

Florencio Guerra - Joca Martins

ESTA MÚSICA FALA DO AMOR DO GAÚCHO PELO CAVALO, AQUI PROVAVELMENTE UM NEGRO QUE HAVIA PARTICIPADO DAS GUERRAS CISPLATINAS RECEBE UMA ORDEM DE SEU SENHOR PARA SACRIFICAR SEU CAVALO JÁ VELHO, FLORENCIO OBEDECE, MAS SE SUICIDA TAMBÉM....