quarta-feira, 31 de agosto de 2011

CHEGADA DA CHAMA CRIOULA HOJE, EM PASSO FUNDO

CHEGARAM HOJE, DIA 30 DE AGOSTO DE 2011 em PASSO FUNDO OS CAVALEIROS TRAZENDO A CHAMA CRIOULA.

POR QUE A FESTA GAÚCHA CULMINA EM 20 DE SETEMBRO

LANCEIROS NEGROS

O Presidio de Rio Grande, fundado em 1737 estava cheio de gaúchos,que, acusados de qualquer banalidade iam lá parar, como nos mais horrendos cenários de  uma época de barbarismo , como fosse na época do Coliseo romano...
Bastava nutrir sentimentos livres para dar o ludribrio da sanha dos tiranos que governavam a província. O que precipitou a revolta, entretanto foi a intriga  urdida contra o coronel Bento Gonçalves, acusando-o de prestar auxilios aos revoltosos do Uruguai e de nutrir idéias republicanas. Bento Gonçalves era casado com uma uruguaia, lembremos que mal haviam demarcado os territórios dos atuais Países, com a última guerra cisplatina que foi a do Paraguai. Mas sobre as guerras cisplatinas e inclusive  esta Revolução Farroupilha vamos discorrer no "Reduções Jesuíticas e História do Rio Grande do sul, com detalhes.
Bento Gonçalves foi mandado à corte para explicar-se  e o fez com tanta veemencia que voltou do Rio de
 Janeiro com a nomeação de comandante das fôrças da fronteira de Jaguarão.,
Mas, enquanto Bento Gonçalves se defendia na Corte , outros perseguidos pelos mandatários  como Bento Manoel Ribeiro respondia  à Conselho de Guerra em São Gabriel, acusado tambem de conspiração.
voltando do Rio de Janeiro e sentindo-se em perigo de morte Bento Gonçalves tratou logo de consultar alguns amigos para organizar uma revolução para depor   Antonio Rodrigues Fernandes Braga da Presidencia da Província  e tambem a Sebastião Barreto Pereira Pinto, comandante das armas.
Bento Golçalves da Silva era respeitado pelo povo e chefe do Partido Liberal. Em 10 de setembrode 1835 Bento vai à Porto alegre e procura os amigos Dr. José de Paiva Magalhães Calvet, Dr Marciano Pereira Ribeiro, capitão Antonio da Porciuncula, todos já sabedores dos planos de Bento.
Reuniram-s ee foram procurar  uma figura de influencia dentro do liberalismo, Dr. Francisco de Sá Brito. Era um pacifista e achavam que teriam dificuldade em conquistá-lo. No encontro que se deu Bento deixou claro que nada faria sem consultar os amigos. Bento insistia que a deposição do Governador da Província era necessária e citava os motivos, que na verdade todos sabiam...talvez tivessem receio.....do que viria depois.
Então Sá Brito,que era muito franco deu a palavra"- Não concordava com a revolução proposta, mas em pedir a liberdade de imprensa e outros meios que seriam colocados em ação para livrar o Rio Grande do sul de uma revolução".....Bento Gonçalves disse então "- Mas as cousas não podem ficar como estão. Os dados já foram lançados e é tarde para voltar atrás. A revolução sairá, mesmo sem os senhores!
Bento, então, colocou-os contra a parede "_ Bem, Senhores, a revolução não se fará, então, mas eu não ficarei aqui na Provincia, exposto ao punhal dos encarniçados inimigos que tenho por aqui.Irei para Entre-Rios (Argentina) ficarei fora do meu País , longe de quem quer  a minha desgraça! Só voltarei quando se esquecerem de mim.
Pediu a Calvet que fizesse um documento licenciando-o por quatro meses  do seu cargo  e retirou-se.
enquanto pensavam estar Bento Gonçalves em férias na Argentina, ele estava a confabular com  José Gomes Jardim, Onofre Pires, Tito Livio Zambecári e outros, planejando um assalto à cidade de Porto Alegre e libertar a Provincia do jugo de Fernandes Braga..
Os boatos se espalharam  e o governador da província, embora incrédulo, tratou de colocar o exército em prontidão, a marinha e todas as forças armadas, para a defesa da cidade.
Por fim, ao anoitecer do dia 18 de setembro de 1835 Gomes Jardim, Bento Gonçalves, Onofre Pires e outros  se comunicavam e iam reunindo seus exercitos" pessoais para o assalto à cidade.´`as 11 horas da noite do dia 19 teve início o movimento e Porto alegre foi ficando pouco a pouco cercada.
No alto do morro da Varzea (hoje cemitério) ficou Onofre Pires com seu exercito, Na ponte da Azenha postaram-se sentinelas para  dar alerta, caso o governo  percebesse o cerco,.No dia 19 tambem Manoel Antonio de Magalhães Calvet, que era médico, passava pelos quartéis, resguardado pelo seu jaleco branco  , ficava sabendo de tudo o que se passava e repassava as notícias a Bento. Ficou sabendo que o Major Visconde de Camamu iria fazer um reconhecimento no campo dos rebeldes e destroçá-los, mas , ironia, a força de Camamu se compunha de apenas 20 cavalarianos....um piquete da Guarda Nacional.
O Capitão Vieira da Rocha foi destacado para  guarnecer a ponte da Azenha com 30 homens. Aí pela meia noite apareceu o destacamento do Visconde de Camamú, noite escura, havia um riacho para  atravessar...quem não conhecesse o local, inevitavelmente se perderia.
Os sentinelas do cabo Rocha, a  apenas 50 metros, julgaram que era uma grande fôrça que se aproximava , perderam a calma e mandaram fazer fogo" Com o estrondo da mosqueteria, desemboscaram-se os revolucionários, carregando , violentamente , de lança, sobre o piquete do Major Viscode de Camamu, que tomado de pânico, dispersou-se, fugindo sem resistencia....
Depois deste episódio, Onofre Pires, sózinho rumou para o quartel do OITAVO  B.C.(  Batalhão de Cavalaria      ) que ficava no centroda cidade.
Foram chegando todos os revolucionários com seus homens, reuniram-se todos , a cidade de Porto Alegre estava em pânico, mas não houve mais nenhum combate, aliás nem houve combate! Era o alvorecer do dia 20 de setembro de 1835.
O que se seguiu depois, sim, foi uma guerra que durou 10 anos, não houve nem vencidos e nem vencedores, mas muitas batalhas sangrentas, os negros escravos lutavam pelos Farroupilhas com a promessa de serem libertados, o Império voltou-se contra os Farroupilhas e a guerra só terminou com um armistício no ano de 1845 porque Rosas( ) da Argentina estava prestes a atacar o Brasil, começando pelo Rio Grande do Sul .
E assim, digamos que, meio que por acaso, esta guerra marcou o povo riograndense para sempre, atos de bravura, os bravos lanceiros negros, os combates entre imperiais e farroupilhas, a entrada de Giuseppe Garibaldi na História, ....agora parece muito romântico, mas foram anos de terror, que praticamente exauriram as forças de todos....A meu ver, as guerras não trazem benefícios a ninguém, nem a vencidos nem a vencedores, só dor e destruição. O que se faz é transformar os fatos históricos em heroismo, construir heróis para exemplo. As qualidades do povo são sempre  maiores do que a dos seus comandantes- esta é minha opinião.

obs; Esta parte é apenas para citar os motivos das comemorações do 20 de setembro em todo o rio Grande do Sul, inclusive é feriado,e na verdade  este dia foi  o   foi o primeiro episódio da Revolução Farroupilha, que durou 10 anos.

Hino Rio Grande do Sul - legenda


terça-feira, 30 de agosto de 2011

O QUE POUCA GENTE SABE SOBRE OS FATOS HISTÓRICOS DO RS

SETEMBRO É UM MES DE FESTA PARA OS GAÚCHOS, DE TODAS AS ETNIAS AGORA, POR ISSO ACHEI  DE BOM TOM DISCORRER UM POUCO  SOBRE A ORIGEM DOS FESTEJOS, QUE NEM SEMPRE CONDIZEM COM A REALIDADE QUE FOI A REVOLUÇÃO FARROUPILHA, MAS QUE, COMO MUITAS OUTRAS COISAS NO BRASIL FORAM MUDADOS UM POUCO,DEIXANDO DE  LADO O QUE LEVAVA AO SEPARATISMO DENTRO DO ESTADO E INCLUINDO TAMBÉM AS ETNIAS QUE NEM ESTAVAM AQUI QUANDO SE SUCEDERAM ESTES FATOS HISTÓRICOS.
DEIXANDO DE LADO O QUE NÃO FOI BOM, DEIXOU-SE COMO LEGADO UMA ESPÉCIE DE "PERFIL" DO POVO BRASILEIRO QUE MORA NESTA PARTE  DO BRASIL UMA CARACTERÍSTICA COMUM, QUE LEVA À UNIDADE  DE TODOS OS CIDADÃOS.

POR QUE  QUE ACONTECEU A REVOLUÇÃO FARROUPILHA?

do livro FARRAPOS" WALTER SPALDING:

Muito  pensam que a Revolução Farroupilha deu-se pelo fato de que o Rio Gande  do Sul queria separar-se das outras "Provincias" o que hoje chamamos Estados. Não é verdade.
O povo gaúcho queria ser respeitado, visto que desde maio de 1834 governava a então Provincia de São Pedro do Rio Grande do Sul o Dr. Antônio Rdrigues Fernandes Braga , sendo comandante das armas o Marechal Sebastião Barreto Pereira Pinto.
Com estes governos, tanto o povo quanto a classe militar estavam desgostosos, pois eles eram tirânicos , Enchiam a Província de terrores e sustos. Perseguiam a todos os que não lhes caiam na graça.
Eram imperialistas ferrenhos, receiosos sempre, vendo fantasmas por toda parte- ao meu ver eles tinham medo do povo gaúcho-Conheciam o genio altivo e destemido do povo gaúcho, e mais a má vontade desse povo para com o elemento portugues então muito cotado,-isto vinha da época do bandeirantismo-  não descansavam, sobretudo no referente ao serviço militar, chamando à ordem  chefes acatados, transferindo-os, prendendo a torto e a direito com ou sem motivo. a mínima transigencia era bastante para transferir ou prender. A côrte- era Brasil Imperial- estava cheia de pacatos militares alcunhados de perigosos, somente por terem tido a má sorte de não saber agradar ao tirânico governador da Província e ao comandante das armas, militar credor de toda consideração,digno e nobre, infelizmente diminuido por sua atuação enérgica e imperialista intransigente, graças à obra da inveja que se não cansava de procurar-lhe defeitos,deturpar-lhe as ações mesmo as mais bem intencionadas, e apelidá-lo -para mais odioso o tornar aos liberais  de " Frutista, Retaurador, Caramuru,Absolutista, Aristocrata"....


ORIGEM DESTA PARTE:ENCICLOPÉDIA LIVRE

BIOGRAFIA DE SEBASTIÃO BARRETO PEREIRA PINTO E DE ANTONIO RODRIGUES FERNANDES BRAGA, O PRIMEIRO COMANDANTE DAS ARMAS E O SEGUNDO O GOVERNADOR DA PROVÍNCIA NO PRIMEIRO EPISÓDIO DA REVOLUÇÃO FARROUPILHA , QUE FOI EM 20 DE SETEMBRO DE 1835, QUE FOI A TOMADA DE PORTO ALEGRE. 



Sebastião Barreto Pereira Pinto.

Sebastião Barreto Pereira Pinto (Porto Alegre, 1775 — 1841) foi um militar brasileiro.



Sentou praça no regimento dos dragões de Rio Pardo em 18 de outubro de 1791, servindo nas campanhas de 1801, 1811-1812, 1816, na Guerra Cisplatina , na Guerra da Independência e na Guerra dos Farrapos.



Em 1823, em Montevidéu, combateu o general Álvaro da Costa que se batia contra a Independência do Brasil.



Foi deputado provincial eleito à 1ª Legislatura da Assembleia Provincial. Ao iniciar a Guerra dos Farrapos, era comandante de armas da província e se achava em Livramento. Quando o novo presidente, Marciano Pereira Ribeiro, apoiado pelos farrapos, assumiu, foi destituído do comando e refugiou-se no Uruguai.



Ao retornar de Montevidéu, reassumiu o comando das tropas, em 15 de abril de 1837, sendo derrotado sucessivamente pelos Farroupilhas nos campos de Atanagildo e na batalha do Barro Vermelho, em 30 de abril de 1838, em que Rio Pardo (até então a Tranqueira Invicta) foi conquistada pelos farrapos. Por causa da derrota foi submetido a um conselho de guerra, mas inocentado.



Foi presidente da províncias de Minas Gerais, de 22 de agosto de 1840 a abril de 1841. Recepiente de Imperial Ordem de Avis e da Imperial Ordem do Cruzeiro





Antônio Rodrigues Fernandes Braga. (1805-1875)

Antônio Rodrigues Fernandes Braga (São Pedro do Sul, 1805 — 26 de fevereiro de 1875) foi um juiz, ouvidor de comarca, desembargador e político brasileiro.



Foi deputado geral, presidente da província do Rio Grande do Sul quando da Revolução Farroupilha, de 2 de maio de 1834 a 21 de setembro de 1835, ministro do Supremo Tribunal de Justiça e senador do Império do Brasil, nomeado por carta imperial de 27 de abril de 1870, de 1870 a 1875.



Quando Bento Gonçalves marchou para Porto Alegre em 20 de setembro de 1835, o presidente Fernandes Braga se refugiou na cidade de Rio Grande, que tornou-se assim a base principal do Império do Brasil no Rio Grande do Sul. Os farroupilhas, como ficaram conhecidos os rebeldes, empossaram Marciano José Pereira Ribeiro como novo presidente.













UM DOS COSTUMES QUE ANTECEDEM  AOS FESTEJOS DA SEMANA FARROUPILHA É ACENDER UMA "CHAMA CROULA" , QUE É UMA PIRA  DE FOGO, LEVADA, GERALMENTE POR CAVALEIROS QUE VÃO ACENDENDO ESTE FOGO SIMBÓLICO DE CIDADE EM CIDADE. ESTE COSTUME COMEÇOU EM 1947. 

a chama crioula



Marechal Sebastião Barreto Pereira Pinto


Antonio Rodrigues Fernandes Braga

Canto Alegretense