terça-feira, 9 de novembro de 2010
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
terça-feira, 26 de outubro de 2010
OUTRA MANIFESTAÇÃO DO FOLKLORE GAÚCHO SÃO AS TROVAS
Formas de Trova Galponeira
Trova Campeira : desafio , com estrofes em sextilhas (6 versos ou linhas); versos em redondilha maior, onde as rimas são alternadas (2º, 4º e 6º versos) e a métrica é setissilábica ( versos em sete sílabas); entre um cantador e o outro há um intervalo de tempo em que só há musica. Também chanmada Gavetão.
Trova Tira-Teima : não há intervalo musical entre um cantador e outro.
Trova em Milonga : em ritmo de milonga, geralmente am apresentação individual; As estrofes não tem um número determinado de versos, estes em redondilha maior.
Trova do Martelo: caracterizadas por rima entre as estrofes, com um cantador completando a rima do outro.Sem número pré-determinado de versos por estrofe;versos em redondilha maior.
Trova Estilo Gildo de Freitas : os cantores improvisam em torno da composição de Gildo de Freitas Definição do Grito; estrofes de 9 versos em redondilha maior, com rima no 2º, 4º, 6º e 9º versos e 7º e 8º entre si.
Pajada: improviso de canto lento , quase declamação, assemelhado a milonga canto é lento, com estrofes de 10 versos.
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Trova Campeira : desafio , com estrofes em sextilhas (6 versos ou linhas); versos em redondilha maior, onde as rimas são alternadas (2º, 4º e 6º versos) e a métrica é setissilábica ( versos em sete sílabas); entre um cantador e o outro há um intervalo de tempo em que só há musica. Também chanmada Gavetão.
Trova Tira-Teima : não há intervalo musical entre um cantador e outro.
Trova em Milonga : em ritmo de milonga, geralmente am apresentação individual; As estrofes não tem um número determinado de versos, estes em redondilha maior.
Trova do Martelo: caracterizadas por rima entre as estrofes, com um cantador completando a rima do outro.Sem número pré-determinado de versos por estrofe;versos em redondilha maior.
Trova Estilo Gildo de Freitas : os cantores improvisam em torno da composição de Gildo de Freitas Definição do Grito; estrofes de 9 versos em redondilha maior, com rima no 2º, 4º, 6º e 9º versos e 7º e 8º entre si.
Pajada: improviso de canto lento , quase declamação, assemelhado a milonga canto é lento, com estrofes de 10 versos.
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VENEIRA/VANEIRÃO
Vanerão um tipo de dança típica nos estados do Sul do Brasil, notadamente entre os gaúchos do Rio Grande do Sul. Assim como a vanera e a vanerinha, nasceu de uma alteração da habanera. Ao lado do xote, do bugio e do fandango, tornou-se uma das danças mais populares do Rio Grande do Sul e dos outros estados da região sul, Santa Catarina e Paraná. Foi levada ao Mato Grosso do Sul pelos gaúchos que para lá partiram em busca de novas fronteiras agrícolas no século XX. Hoje podemos encontrar grupos famosos responsáveis pelo ritmo na região centro-oeste. Com isso nos resta a conclusão de que vanerão nada mais é que uma dança típica de ambas as regiões , tendo é claro a influência de cada cultura em cada região , tornando-se assim diferente apesar de tudo . É também conhecido como limpa banco, tem o andamento mais rápido do que a vanera. O Vanerão presta-se para o virtuosísmo do gaiteiro de gaita piano ou botonera (voz trocada), sendo assim muitas vezes um tema instrumental. Quanto à forma musical, o vanerão pode ser construído em três partes (rondó), utilizado em ritmos tradicionais brasileiros como o choro e a valsa. Quando cantado, dependendo do andamento e da divisão rítmica da melodia, exige boa e rápida dicção por parte dos intérpretes. O Vanerão com sua vivacidade exige bastante energia, tantos dos músicos, como dos bailadores de fandango.
VALSA
Valsa (do alemão Walzer) é um gênero musical erudito de compasso binário composto (embora muitas vezes, para facilitar a leitura, seja escrita em compasso ternário). As valsas foram muito tocadas nos salões vienenses e muito dançada pela elite da época.
Durante meados do século XVIII, a allemande, muito popular em França, já antecipava, em alguns aspectos, a valsa. Carl Maria von Weber, com as suas Douze Allemandes, e, mais especificamente com o Convite à dança (também conhecido por Convite à valsa), de 1820, pode ser considerado o pai do gênero.[
Os compositores mais famosos do estilo são os membros da família Strauss, Josef e Johann Strauss. O estilo foi depois reinterpretado por compositores como Frédéric Chopin, Johannes Brahms e Maurice Ravel.
Johann Strauss II compôs mais de duzentas valsas.
Atualmente as valsas são regularmente interpretadas pelas mais importantes orquestras mundiais.
O gênero musical gerou danças com braços entrelaçados ao nível da cintura, tornou-se logo uma dança independente com contato mais próximo entre os parceiros. No fim do século XVIII a dança passou a ser aceita pela alta sociedade - especialmente pela sociedade vienense.
A palavra tem origem no verbo alemão Walzen, que significa "girar" ou "deslizar". É uma dança de compasso binário composto, com um padrão básico de passo-passo-espera, resultando em um deslizar vivamente pelo salão.
Durante meados do século XVIII, a allemande, muito popular em França, já antecipava, em alguns aspectos, a valsa. Carl Maria von Weber, com as suas Douze Allemandes, e, mais especificamente com o Convite à dança (também conhecido por Convite à valsa), de 1820, pode ser considerado o pai do gênero.[
Os compositores mais famosos do estilo são os membros da família Strauss, Josef e Johann Strauss. O estilo foi depois reinterpretado por compositores como Frédéric Chopin, Johannes Brahms e Maurice Ravel.
Johann Strauss II compôs mais de duzentas valsas.
Atualmente as valsas são regularmente interpretadas pelas mais importantes orquestras mundiais.
O gênero musical gerou danças com braços entrelaçados ao nível da cintura, tornou-se logo uma dança independente com contato mais próximo entre os parceiros. No fim do século XVIII a dança passou a ser aceita pela alta sociedade - especialmente pela sociedade vienense.
A palavra tem origem no verbo alemão Walzen, que significa "girar" ou "deslizar". É uma dança de compasso binário composto, com um padrão básico de passo-passo-espera, resultando em um deslizar vivamente pelo salão.
RANCHERA
A ranchera é um gênero da música mexicana tracional. Ainda que intimamente associada aos mariachi , que evoluiram em Jalisco no período pós-revolução mexicana, as rancheras também são executadas por grupos chamados conjunto norteño ou banda duranguense . A ranchera, emanada do meio rural, foi considerada como reação ao gosto aristocrático, tornando-se um símbolo de nacionalidade mexicana.
Entre os maiores nomes da ranchera estão Lola Beltrán, Vicente Fernández, Pedro Infante, Jorge Negrete, and Javier Solís. Os compositores mais populares incluem Lucha Reyes, Cuco Sanchez, Felipe Valdez, Antonio Aguilar, e José Alfredo Jiménez.
Os ritmos podem ser em 3/4, 2/4 ou 4/4, refletido os tempos de , respectivamente, , valsa, polca, e bolero. As canções consistem em uma introdução instrumental, verso e refrão, parte instrumental repetindo o verso, um outro verso seguido do e tag final. Os instrumentos são violão(s), violinos, trompetes, e/ou acordeons.
O padrão musical normal das rancheras é a/b/a/b, ou seja, uma introdução instrumental(a), o verso inicial (b), entremeado por adornos instrumentais que podem interrompe-lo, seguido por nova intrumentalização exclusiva do tema (a) e finalmente novos versos adornados instrumentalmente (b).
Um genero muito aproximado é o corrido, que são baladas contendo baladas épicas sobre heróis, tocado pelos mesmos grupos que tocam rancheras. Existe o 'Corrido de Chihuahua' e o 'Corrido de Monterrey', que são considerados rancheras, apesar do nome.. Their lyrics are concerned with patriotism for the states of Chihuahua and Nuevo León, respectively.
A palavra ranchera deriva de rancho , apontandom a sua origem rural.Por vezes, as rancheras são apresentadas por conjunto denominados norteños (nortenhos)
Entre os maiores nomes da ranchera estão Lola Beltrán, Vicente Fernández, Pedro Infante, Jorge Negrete, and Javier Solís. Os compositores mais populares incluem Lucha Reyes, Cuco Sanchez, Felipe Valdez, Antonio Aguilar, e José Alfredo Jiménez.
Os ritmos podem ser em 3/4, 2/4 ou 4/4, refletido os tempos de , respectivamente, , valsa, polca, e bolero. As canções consistem em uma introdução instrumental, verso e refrão, parte instrumental repetindo o verso, um outro verso seguido do e tag final. Os instrumentos são violão(s), violinos, trompetes, e/ou acordeons.
O padrão musical normal das rancheras é a/b/a/b, ou seja, uma introdução instrumental(a), o verso inicial (b), entremeado por adornos instrumentais que podem interrompe-lo, seguido por nova intrumentalização exclusiva do tema (a) e finalmente novos versos adornados instrumentalmente (b).
Um genero muito aproximado é o corrido, que são baladas contendo baladas épicas sobre heróis, tocado pelos mesmos grupos que tocam rancheras. Existe o 'Corrido de Chihuahua' e o 'Corrido de Monterrey', que são considerados rancheras, apesar do nome.. Their lyrics are concerned with patriotism for the states of Chihuahua and Nuevo León, respectively.
A palavra ranchera deriva de rancho , apontandom a sua origem rural.Por vezes, as rancheras são apresentadas por conjunto denominados norteños (nortenhos)
POLCA
Polca
Dança bastante popular na Argentina
A polca é uma dança rápida nascida na Europa central no século XIX. Seu nome deriva da expressão “polaca”, usada para designar as mulheres da Polônia, onde a polca ainda é muito popular atualmente. Apesar da grande popularidade neste país, a polca é originária da Boêmia, e a sua introdução à música acadêmica foi feita pelos compositores boêmios Bedrich Smetana e Antonin Dvorak, no final do século XIX.
A polca se espalhou pelo mundo, ganhando grande popularidade em toda Europa e na América. Aí, em países como Estados Unidos, Argentina e Paraguai, a polca é um dos ritmos nacionais mais tradicionais. Na Nicarágua, a polca é o ritmo nacional junto com a Mazurca.
A dança chegou à América trazida pelos imigrantes europeus do século XIX. Na Argentina, a polca se tornou mais popular na região dos pampas, onde o ritmo ganhou uma batida mais rápida, em 3/4 ao invés de 2/4. Atualmente, os instrumentos usados para se tocar a polca são: guitarra acústica de seis ou sete cordas, contra-baixo, acordeom e, em algumas vezes, alguns instrumentos de percussão. Na Argentina, a letra das canções de polca, geralmente, falam sobre o gaúcho guerreiro do passado, ou sobre o gaúcho campeiro, que ainda vive uma vida comum próximo à natureza.
Dança bastante popular na Argentina
A polca é uma dança rápida nascida na Europa central no século XIX. Seu nome deriva da expressão “polaca”, usada para designar as mulheres da Polônia, onde a polca ainda é muito popular atualmente. Apesar da grande popularidade neste país, a polca é originária da Boêmia, e a sua introdução à música acadêmica foi feita pelos compositores boêmios Bedrich Smetana e Antonin Dvorak, no final do século XIX.
A polca se espalhou pelo mundo, ganhando grande popularidade em toda Europa e na América. Aí, em países como Estados Unidos, Argentina e Paraguai, a polca é um dos ritmos nacionais mais tradicionais. Na Nicarágua, a polca é o ritmo nacional junto com a Mazurca.
A dança chegou à América trazida pelos imigrantes europeus do século XIX. Na Argentina, a polca se tornou mais popular na região dos pampas, onde o ritmo ganhou uma batida mais rápida, em 3/4 ao invés de 2/4. Atualmente, os instrumentos usados para se tocar a polca são: guitarra acústica de seis ou sete cordas, contra-baixo, acordeom e, em algumas vezes, alguns instrumentos de percussão. Na Argentina, a letra das canções de polca, geralmente, falam sobre o gaúcho guerreiro do passado, ou sobre o gaúcho campeiro, que ainda vive uma vida comum próximo à natureza.
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
MILONGA
Milonga
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.Ir para: navegação, pesquisa
Milonga é um estilo de música tradicional em várias partes da América Latina e na Espanha. Deriva da habanera e da guajira cubana e flamenca, assim como o tango. É um estilo muito popular na Argentina.
A milonga originou-se de uma forma de canto e dança da Andaluzia, Espanha, que, nos fins do século XIX, popularizou-se nos subúrbios de Montevidéu e Buenos Aires. Há versões que atribuem origem africana, tanto que defendem que o termo milonga signifaria "palavra" em banto.
No Brasil um ritmo chamado milonga tem destaque no estado do Rio Grande do Sul, fazendo parte das tradições gaúchas. No entanto, é muito diferente da milonga platina.
Também são chamados milongas os bailes onde se dança o Tango e, por extensão, aos locais onde esses bailes se realizam. Tradicionalmente, numa milonga baila-se o Tango, a milonga e o vals cruzado, ou vals argentino (uma variante da valsa Vienense). Outros ritmos típicos que se podem encontrar numa milonga, são chacarera e a salsa
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.Ir para: navegação, pesquisa
Milonga é um estilo de música tradicional em várias partes da América Latina e na Espanha. Deriva da habanera e da guajira cubana e flamenca, assim como o tango. É um estilo muito popular na Argentina.
A milonga originou-se de uma forma de canto e dança da Andaluzia, Espanha, que, nos fins do século XIX, popularizou-se nos subúrbios de Montevidéu e Buenos Aires. Há versões que atribuem origem africana, tanto que defendem que o termo milonga signifaria "palavra" em banto.
No Brasil um ritmo chamado milonga tem destaque no estado do Rio Grande do Sul, fazendo parte das tradições gaúchas. No entanto, é muito diferente da milonga platina.
Também são chamados milongas os bailes onde se dança o Tango e, por extensão, aos locais onde esses bailes se realizam. Tradicionalmente, numa milonga baila-se o Tango, a milonga e o vals cruzado, ou vals argentino (uma variante da valsa Vienense). Outros ritmos típicos que se podem encontrar numa milonga, são chacarera e a salsa
CHAMAMÉ
Chamamé
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.Ir para: navegação, pesquisa
Chamamé é um gênero musical tradicional da província de Corrientes, Argentina, apreciado também no Paraguai e em vários locais do Brasil (i.e. nos estados do Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul) e em outros países. Em sua origem se integram raízes culturais dos póvos indígenas guaranis, dos exploradores espanhóis e até de imigrantes italianos.
O chamamé é o resultado do amor, da fusão de raças (etnias), que misturadas com o tempo contaram a história do ser humano e de sua paisagem, projetando-se inclusive para outras fronteiras. Utiliza o acordeão e o violão como instrumentos principais.
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Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.Ir para: navegação, pesquisa
Chamamé é um gênero musical tradicional da província de Corrientes, Argentina, apreciado também no Paraguai e em vários locais do Brasil (i.e. nos estados do Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul) e em outros países. Em sua origem se integram raízes culturais dos póvos indígenas guaranis, dos exploradores espanhóis e até de imigrantes italianos.
O chamamé é o resultado do amor, da fusão de raças (etnias), que misturadas com o tempo contaram a história do ser humano e de sua paisagem, projetando-se inclusive para outras fronteiras. Utiliza o acordeão e o violão como instrumentos principais.
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O RITMO CHOTES
Xote
Xote (também escrito xótis, chóte ou chótis) é um ritmo musical binário ou quaternário e uma dança de salão de origem portuguesa. É um ritmo/dança muito executado no forró.
De origem alemã, a palavra "xote" é corruptela de "schottisch", uma palavra alemã que significa "escocesa", em referência à polca escocesa, tal como conhecida pelos alemães.[1] O Schottisch foi trazido para o Brasil por José Maria Toussaint, em 1851[2] e tornou-se apreciado como dança da elite no período do Segundo Reinado. Daí, quando os escravos negros aprenderam alguns passos da dança, acrescentado sua maneira peculiar de bailado, o Schottisch caiu no gosto popular, com o nome de "xótis" ou simplesmente 'xote'.
É uma dança muito versátil e pode ser encontrada, com variações rítmicas, desde o extremo sul do Brasil (o xote gaúcho), até o extremo norte, nos forrós nordestinos. Diversos outros ritmos possuem uma marcação semelhante, podendo ser usados para dançar o xote, que tem incorporado também diversos passos de dança e elementos da música latino-americana, como, por exemplo, alguns passos de salsa, de rumba e mambo.
Xote (também escrito xótis, chóte ou chótis) é um ritmo musical binário ou quaternário e uma dança de salão de origem portuguesa. É um ritmo/dança muito executado no forró.
De origem alemã, a palavra "xote" é corruptela de "schottisch", uma palavra alemã que significa "escocesa", em referência à polca escocesa, tal como conhecida pelos alemães.[1] O Schottisch foi trazido para o Brasil por José Maria Toussaint, em 1851[2] e tornou-se apreciado como dança da elite no período do Segundo Reinado. Daí, quando os escravos negros aprenderam alguns passos da dança, acrescentado sua maneira peculiar de bailado, o Schottisch caiu no gosto popular, com o nome de "xótis" ou simplesmente 'xote'.
É uma dança muito versátil e pode ser encontrada, com variações rítmicas, desde o extremo sul do Brasil (o xote gaúcho), até o extremo norte, nos forrós nordestinos. Diversos outros ritmos possuem uma marcação semelhante, podendo ser usados para dançar o xote, que tem incorporado também diversos passos de dança e elementos da música latino-americana, como, por exemplo, alguns passos de salsa, de rumba e mambo.
PRINCIPAIS RITMOS MUSICAIS DO FOLKLORE DO RIO GRANDE DO SUL
-BUGIU
-CHOTES
-CHAMAMÉ
-MILONGA
-POLCA
-RANCHERA
-VALSA
-VANERA
Bugio é um estilo musical brasileiro, de compasso binário, originário do estado do Rio Grande do Sul.
O nome do ritmo e os movimentos executados na dança são inspirados no bugio (Alouatta guariba clamitans), primata anteriormente comum no interior gaúcho e hoje ameaçado de extinção. As origens da criação do ritmo são controversas, sendo que algumas pessoas acreditam que tenha surgido na tentativa de imitar o ronco do bugio usando o jogo de fole da gaita.
O bugio era um estilo musical restrito às classes menos desenvolvidas da sociedade gaúcha, sendo aceita aos poucos pela alta sociedade. A dança lembra os movimentos do bugio, com dois passos para cada lado e um pequeno pulo lateral na passagem do segundo para o terceiro movimento.
Atualmente, existem festivais dedicados ao bugio, como o "Ronco do Bugio" em São Francisco de Paula e o "Querência do Bugio" em São Francisco de Assis.
-CHOTES
-CHAMAMÉ
-MILONGA
-POLCA
-RANCHERA
-VALSA
-VANERA
Bugio é um estilo musical brasileiro, de compasso binário, originário do estado do Rio Grande do Sul.
O nome do ritmo e os movimentos executados na dança são inspirados no bugio (Alouatta guariba clamitans), primata anteriormente comum no interior gaúcho e hoje ameaçado de extinção. As origens da criação do ritmo são controversas, sendo que algumas pessoas acreditam que tenha surgido na tentativa de imitar o ronco do bugio usando o jogo de fole da gaita.
O bugio era um estilo musical restrito às classes menos desenvolvidas da sociedade gaúcha, sendo aceita aos poucos pela alta sociedade. A dança lembra os movimentos do bugio, com dois passos para cada lado e um pequeno pulo lateral na passagem do segundo para o terceiro movimento.
Atualmente, existem festivais dedicados ao bugio, como o "Ronco do Bugio" em São Francisco de Paula e o "Querência do Bugio" em São Francisco de Assis.
domingo, 24 de outubro de 2010
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
DANÇAS EXCLUSIVAMENTE MASCULINAS
Dança dos Facões:
VERSOS DE APRESENTAÇÃO:
Moçambique e Congandas
Vindo do solo africano
Mescla de sangue pampeano
Com raças desencontradas,
Maculelês, batucadas.
Ritmo negro e ilhéu
Debaixo do mesmo céu
Curtiram mesmos clarões,
Reacenderam-se os tições
Brilho de fogo no azul
Vibra o Rio Grande doSul,
Com a dança dos facões!
VERSOS DE APRESENTAÇÃO:
Moçambique e Congandas
Vindo do solo africano
Mescla de sangue pampeano
Com raças desencontradas,
Maculelês, batucadas.
Ritmo negro e ilhéu
Debaixo do mesmo céu
Curtiram mesmos clarões,
Reacenderam-se os tições
Brilho de fogo no azul
Vibra o Rio Grande doSul,
Com a dança dos facões!
Nome tirado do motivo coreográfico e ritmico do tinir dos facões batendo uns nos outros. Tudo leva a crer que haja influência negra em sua origem. Primitivamente , deve ter sido um desafio, como a chula.
Dança masculina, de conjunto ou coletiva.
Tema acima de tudo rítmico e espontâneo no meio rural.Participam desta dança exclusivamente os peões.Pode ser dançada em uma só fila, ao redor do salão ou em dois grupos ou mais ternos em confronto. Ao ritmo cadenciado pelas batidas dos facões, vários passos de dança são executados.
CHULA
Dança muito difundida nas regiões do MINHO E DOURO -PORTUGAL, porém sua coreografia lembra também danças africanas. Desde os primórdios do Rio Grande do sul, serviu de tira-teimas entre peões nas tropeadas de mulas e cavalos.
Caracteriza-se pela agilidade no sapateado dos peões em disputa. Estende-se um cabo de vassoura e quantro metros de comprimento, cada peão coloca-se em uma das extremidades da lança, desafiando-se e executando, cada um a sua vez, passos durante os quais não pode perder o rítmo, errar a coreografia ou deslocar a vara com os pés.
VERSOS DE APRESENTAÇÃO (ANTES DA COMEÇAR O DESAFIO)3
Velha chula individual
que vem de remotas eras
Da solidão das taperas
Perdida num ervaçal!
Marcaste o pampa imortal,
No repicar das chilenas,
Nos olhares das morenas,
Saudando os sapateadores,
Abrem o peito os cantores,
Berra a cordeona dos baixos,
Chula é dança de índio macho,
Em desafio, por amores...
LETRA DA MÚSICA
Venha seu mestre chula
Ai, que chuleador,
E dê uma paradinha
Para o tocador.
Venha seu mestre chula ,
Ai, que chuleia bem
E dê uma paradinha
Para mim tambem..
MÚSICA E DANÇA GAÚCHAS
Os gêneros musicais e danças populares chegaram ao Rio grande do sul, oriundos de diversas nações, em sua grande maioria européias. Na sua trajetória geográfica e histórica, passaram muitas vezes, por outros países ou mesmo Estados do Brasil, sofrendo modificações e acréscimos.
As danças gaúchas podem ser organizadas no tempo em quatro gerações coreográficas:
1-GERAÇÃO COREOGRÁFICA-CICLO DOS FANDANGOS
-Vigorou de1800 a 1880
As danças eram parte cantadas, parte daçadas com sapateio, ao acompanhamento de viola e de rabeca e executadas com os pares dançando soltos sem se tocarem. São danças do ciclo dos Fandangos, Balaio, Sarrabalho,Chimarrita, Tatu e duas Tiranas, do lenço e Charrua.
2-GERAÇÃO COREOGRÁFICA-CICLO DO MINUETO
Lançado na Côrte de LUIZ XIV, na França
Os pares de dançarinos tomavam-se as mãos e executavam giros lentos, fazendo reverencias. Notam-se estas características no Caranguejo e no passeio do Anu.
3-GERAÇÃO COREOGRÁFICA -CICLO DA CONTRADANÇA
Surgiu o REEL escocês e a county dance
Os pares são dependentes e formam filas e círculos.São exemplos a Quadrilha, o Pericom, o Rilo e a Polonaise(a qual era abertura obrigatória de todos os bailes no Rio Grande do sul até o ano de 1930)
4-GERAÇÃO COREOGRÁFICA-CICLO DOS PARES ENLAÇADOS
Iniciou com a introdução da valsa vienense, os pares dançavam enlaçados, recatadamente, independentes sem comando. Surgiu a seguir o "schottisch" que era uma mescla da valsa com passos de polca. Só mais tarde, com o aparecimento do tango, começou a ser permitido nos salões o abraço entre o homem e a mulher.
Graças ao trabalho dos folkloristas dedicados( em especial Paixão Côrtes e Barbosa lessa, as danças foram e continuam sendo pesquisadas , reconstituídas e divulgadas através dos registros de sua coreografia e partitura. além das danças folkloricas históricas descritas ,´ha um universo vasto já registrado como : a meia-canha, rancheira,pericom,sarrabalho, chotes carreirinho, chico porrete,,...e mais....
O Bugiu é considerado por muitos o único gênero genuinamnete gaúcho, os ritmos dançantes sul-riograndenses mais populares são:
-bugiu
-chotes
-chamamé
-milonga
-polca
-rancheira
-valsa
-vaneira
DANÇAS SEM SAPATEIO:
-cana-verde
-caranguejo
-chimarrita
-chotes de duas damas
-chote quatro passi
-maçanico
-pau-de -fita
-pezinho
-quero-mana
-rancheira de careirinha
-rilo
COM SAPATEIO:
- Anu
-Balaio
-Chimarrita Balão
-Roseira
-Tatu co Volta no meio
-Tatu de Castanholas
Tirana do lernço
Existe também duas danças exclusivamente masculinas:
- chula
-dança dos facões
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
QUEM É LUIS CARLOS BORGES
Luís Carlos Borges
Luís Carlos Borges (Santo Ângelo, 25 de março de 1953) é um músico instrumentista, compositor e intérprete brasileiro.
É considerado um dos principais nomes da música regional do Rio Grande do Sul. Participou e venceu diversos festivais. Atuou, também, como jurado, idealizador e organizador do Musicanto Sul-Americano de nativismo na cidade de Santa Rosa.
Músico desde os sete anos de idade, iniciou sua carreira no conjunto Irmãos Borges, na sua cidade natal. Mais tarde quando estudante universitário em Santa Maria - RS, iniciou sua carreira solo a partir do sucesso com a composição Tropa de Osso, premiada na 9ª edição da Califórnia da Canção Nativa do RS, movimento musical que revolucionou a Música Tradicional Gaúcha na década de 70.
Luiz Carlos Borges seguiu carreira alicerçando seus conhecimentos no Curso Superior de Música. Em 1980, formou-se em música pela Universidade Federal de Santa Maria e assumiu a direção do Centro Cultural Municipal e Biblioteca Pública daquela cidade. Ainda em 1980, gravou seu primeiro LP individual Tropa de Osso, um trabalho para todo o Estado.
A partir dai Borges investiu na renovação da música regional gaúcha. Em 1982, mudou-se para São Borja, onde assumiu a Assessoria de Cultura e Turismo daquele município e passou a trabalhar no Projeto "São Borja 300 anos de História", durante todo ano.
Neste mesmo ano gravou o seu segundo LP individual: Noites, Penas e Guitarra. Em 1983, a convite da administração municipal, assumiu em Santa Rosa a assessoria de Cultura e Turismo, onde idealizou e desenvolveu o Projeto Musicanto Sul-Americano de Nativismo, que resgata os costumes populares da região, e abre espaço para toda América do Sul mostrar o que se produz em termos musicais nativos cm cada região dos países sul-americanos.
Gravou uma música com Mercedes Sosa em seu último trabalho Cantora (álbum).
Foi presidente do Instituto Gaúcho de Tradição e Floclore, tendo como diretores Ivo Benfato, Vinicius Brum e Fabrício Coelho.
Luís Carlos Borges (Santo Ângelo, 25 de março de 1953) é um músico instrumentista, compositor e intérprete brasileiro.
É considerado um dos principais nomes da música regional do Rio Grande do Sul. Participou e venceu diversos festivais. Atuou, também, como jurado, idealizador e organizador do Musicanto Sul-Americano de nativismo na cidade de Santa Rosa.
Músico desde os sete anos de idade, iniciou sua carreira no conjunto Irmãos Borges, na sua cidade natal. Mais tarde quando estudante universitário em Santa Maria - RS, iniciou sua carreira solo a partir do sucesso com a composição Tropa de Osso, premiada na 9ª edição da Califórnia da Canção Nativa do RS, movimento musical que revolucionou a Música Tradicional Gaúcha na década de 70.
Luiz Carlos Borges seguiu carreira alicerçando seus conhecimentos no Curso Superior de Música. Em 1980, formou-se em música pela Universidade Federal de Santa Maria e assumiu a direção do Centro Cultural Municipal e Biblioteca Pública daquela cidade. Ainda em 1980, gravou seu primeiro LP individual Tropa de Osso, um trabalho para todo o Estado.
A partir dai Borges investiu na renovação da música regional gaúcha. Em 1982, mudou-se para São Borja, onde assumiu a Assessoria de Cultura e Turismo daquele município e passou a trabalhar no Projeto "São Borja 300 anos de História", durante todo ano.
Neste mesmo ano gravou o seu segundo LP individual: Noites, Penas e Guitarra. Em 1983, a convite da administração municipal, assumiu em Santa Rosa a assessoria de Cultura e Turismo, onde idealizou e desenvolveu o Projeto Musicanto Sul-Americano de Nativismo, que resgata os costumes populares da região, e abre espaço para toda América do Sul mostrar o que se produz em termos musicais nativos cm cada região dos países sul-americanos.
Gravou uma música com Mercedes Sosa em seu último trabalho Cantora (álbum).
Foi presidente do Instituto Gaúcho de Tradição e Floclore, tendo como diretores Ivo Benfato, Vinicius Brum e Fabrício Coelho.
LUIS CARLOS BORGES |
LETRA DA MUSICA "FLORENCIO GUERRA"
esporas antigas chamadas de "nazarenas" |
Luiz Carlos Borges
(Florêncio afiou a faca para sangrar seu cavalo
Florêncio afiou a faca para sangrar seu cavalo
Florêncio afiou a faca para sangrar seu cavalo)
Florêncio guerra das guerras do tempo em que seu cavalo
Pisava estrelas nas serras pra chegar antes dos galos
Florêncio guerra das guerras do tempo em que seu cavalo
Pisava estrelas nas serras pra chegar antes dos galos
Florêncio afiou a faca pensando no seu cavalo
Florêncio afiou a faca pensando no seu cavalo
(Florêncio afiou a faca para sangrar seu cavalo
Florêncio afiou a faca para sangrar seu cavalo
Florêncio afiou a faca para sangrar seu cavalo)
Parceiros pelas lonjuras na calma das campereadas
Um barco em tardes serenas um tigre numa porteira
Pechando boi pelas primaveras sem mango sem nazarenas
(Florêncio afiou a faca para sangrar seu cavalo
Florêncio afiou a faca para sangrar seu cavalo
Florêncio afiou a faca para sangrar seu cavalo)
O patrão disse a Florêncio que desse um fim no matungo
Quem já não serve pra nada não merece andar no mundo
A frase afundou no peito e o velho não disse nada
E foi afiar uma faca como quem pega uma estrada
Acharam Florêncio morto por cima do seu cavalo
Alguém que andava no campo viu o centauro sangrado
Caídos no mesmo barro voltando pra mesma terra
Que deve tanto ao cavalo e tanto a Florêncio guerra
Caídos no mesmo barro voltando pra mesma terra
Que deve tanto ao cavalo e tanto a Florêncio guerra
O patrão disse a Florêncio que desse um fim no matungo
Quem já não serve pra nada não merece andar no mundo
A frase afundou no peito e o velho não disse nada
E foi afiar uma faca como quem pega uma estrada
Acharam Florêncio morto por cima do seu cavalo
Alguém que andava no campo viu o centauro sangrado
Caídos no mesmo barro voltando pra mesma terra
Que deve tanto ao cavalo e tanto a Florêncio guerra
Caídos no mesmo barro voltando pra mesma terra
Que deve tanto ao cavalo e tanto a Florêncio guerra
Florencio Guerra - Joca Martins
ESTA MÚSICA FALA DO AMOR DO GAÚCHO PELO CAVALO, AQUI PROVAVELMENTE UM NEGRO QUE HAVIA PARTICIPADO DAS GUERRAS CISPLATINAS RECEBE UMA ORDEM DE SEU SENHOR PARA SACRIFICAR SEU CAVALO JÁ VELHO, FLORENCIO OBEDECE, MAS SE SUICIDA TAMBÉM....
domingo, 29 de agosto de 2010
LETRA DA "PAYADA" "O BOCHINCHO"
Bochincho
Jayme Caetano Braun
Composição: Jayme Caetano Braum
A um bochincho - certa feita,
Fui chegando - de curioso,
Que o vicio - é que nem sarnoso,
nunca pára - nem se ajeita.
Baile de gente direita
Vi, de pronto, que não era,
Na noite de primavera
Gaguejava a voz dum tango
E eu sou louco por fandango
Que nem pinto por quireral.
Atei meu zaino - longito,
Num galho de guamirim,
Desde guri fui assim,
Não brinco nem facilito.
Em bruxas não acredito
'Pero - que las, las hay',
Sou da costa do Uruguai,
Meu velho pago querido
E por andar desprevenido
Há tanto guri sem pai.
No rancho de santa-fé,
De pau-a-pique barreado,
Num trancão de convidado
Me entreverei no banzé.
Chinaredo à bola-pé,
No ambiente fumacento,
Um candieiro, bem no centro,
Num lusco-fusco de aurora,
Pra quem chegava de fora
Pouco enxergava ali dentro!
Dei de mão numa tiangaça
Que me cruzou no costado
E já sai entreverado
Entre a poeira e a fumaça,
Oigalé china lindaça,
Morena de toda a crina,
Dessas da venta brasina,
Com cheiro de lechiguana
Que quando ergue uma pestana
Até a noite se ilumina.
Misto de diaba e de santa,
Com ares de quem é dona
E um gosto de temporona
Que traz água na garganta.
Eu me grudei na percanta
O mesmo que um carrapato
E o gaiteiro era um mulato
Que até dormindo tocava
E a gaita choramingava
Como namoro de gato!
A gaita velha gemia,
Ás vezes quase parava,
De repente se acordava
E num vanerão se perdia
E eu - contra a pele macia
Daquele corpo moreno,
Sentia o mundo pequeno,
Bombeando cheio de enlevo
Dois olhos - flores de trevo
Com respingos de sereno!
Mas o que é bom se termina
- Cumpriu-se o velho ditado,
Eu que dançava, embalado,
Nos braços doces da china
Escutei - de relancina,
Uma espécie de relincho,
Era o dono do bochincho,
Meio oitavado num canto,
Que me olhava - com espanto,
Mais sério do que um capincho!
E foi ele que se veio,
Pois era dele a pinguancha,
Bufando e abrindo cancha
Como dono de rodeio.
Quis me partir pelo meio
Num talonaço de adaga
Que - se me pega - me estraga,
Chegou levantar um cisco,
Mas não é a toa - chomisco!
Que sou de São Luiz Gonzaga!
Meio na volta do braço
Consegui tirar o talho
E quase que me atrapalho
Porque havia pouco espaço,
Mas senti o calor do aço
E o calor do aço arde,
Me levantei - sem alarde,
Por causa do desaforo
E soltei meu marca touro
Num medonho buenas-tarde!
Tenho visto coisa feia,
Tenho visto judiaria,
Mas ainda hoje me arrepia
Lembrar aquela peleia,
Talvez quem ouça - não creia,
Mas vi brotar no pescoço,
Do índio do berro grosso
Como uma cinta vermelha
E desde o beiço até a orelha
Ficou relampeando o osso!
O índio era um índio touro,
Mas até touro se ajoelha,
Cortado do beiço a orelha
Amontoou-se como um couro
E aquilo foi um estouro,
Daqueles que dava medo,
Espantou-se o chinaredo
E amigos - foi uma zoada,
Parecia até uma eguada
Disparando num varzedo!
Não há quem pinte o retrato
Dum bochincho - quando estoura,
Tinidos de adaga - espora
E gritos de desacato.
Berros de quarenta e quatro
De cada canto da sala
E a velha gaita baguala
Num vanerão pacholento,
Fazendo acompanhamento
Do turumbamba de bala!
É china que se escabela,
Redemoinhando na porta
E chiru da guampa torta
Que vem direito à janela,
Gritando - de toda guela,
Num berreiro alucinante,
Índio que não se garante,
Vendo sangue - se apavora
E se manda - campo fora,
Levando tudo por diante!
Sou crente na divindade,
Morro quando Deus quiser,
Mas amigos - se eu disser,
Até periga a verdade,
Naquela barbaridade,
De chínaredo fugindo,
De grito e bala zunindo,
O gaiteiro - alheio a tudo,
Tocava um xote clinudo,
Já quase meio dormindo!
E a coisa ia indo assim,
Balanceei a situação,
- Já quase sem munição,
Todos atirando em mim.
Qual ia ser o meu fim,
Me dei conta - de repente,
Não vou ficar pra semente,
Mas gosto de andar no mundo,
Me esperavam na do fundo,
Saí na Porta da frente...
E dali ganhei o mato,
Abaixo de tiroteio
E inda escutava o floreio
Da cordeona do mulato
E, pra encurtar o relato,
Me bandeei pra o outro lado,
Cruzei o Uruguai, a nado,
Que o meu zaino era um capincho
E a história desse bochincho
Faz parte do meu passado!
E a china - essa pergunta me é feita
A cada vez que declamo
É uma coisa que reclamo
Porque não acho direita
Considero uma desfeita
Que compreender não consigo,
Eu, no medonho perigo
Duma situação brasina
Todos perguntam da china
E ninguém se importa comigo!
E a china - eu nunca mais vi
No meu gauderiar andejo,
Somente em sonhos a vejo
Em bárbaro frenesi.
Talvez ande - por aí,
No rodeio das alçadas,
Ou - talvez - nas madrugadas,
Seja uma estrela chirua
Dessas - que se banha nua
No espelho das aguadas!
-
Jayme Caetano Braun
Composição: Jayme Caetano Braum
A um bochincho - certa feita,
Fui chegando - de curioso,
Que o vicio - é que nem sarnoso,
nunca pára - nem se ajeita.
Baile de gente direita
Vi, de pronto, que não era,
Na noite de primavera
Gaguejava a voz dum tango
E eu sou louco por fandango
Que nem pinto por quireral.
Atei meu zaino - longito,
Num galho de guamirim,
Desde guri fui assim,
Não brinco nem facilito.
Em bruxas não acredito
'Pero - que las, las hay',
Sou da costa do Uruguai,
Meu velho pago querido
E por andar desprevenido
Há tanto guri sem pai.
No rancho de santa-fé,
De pau-a-pique barreado,
Num trancão de convidado
Me entreverei no banzé.
Chinaredo à bola-pé,
No ambiente fumacento,
Um candieiro, bem no centro,
Num lusco-fusco de aurora,
Pra quem chegava de fora
Pouco enxergava ali dentro!
Dei de mão numa tiangaça
Que me cruzou no costado
E já sai entreverado
Entre a poeira e a fumaça,
Oigalé china lindaça,
Morena de toda a crina,
Dessas da venta brasina,
Com cheiro de lechiguana
Que quando ergue uma pestana
Até a noite se ilumina.
Misto de diaba e de santa,
Com ares de quem é dona
E um gosto de temporona
Que traz água na garganta.
Eu me grudei na percanta
O mesmo que um carrapato
E o gaiteiro era um mulato
Que até dormindo tocava
E a gaita choramingava
Como namoro de gato!
A gaita velha gemia,
Ás vezes quase parava,
De repente se acordava
E num vanerão se perdia
E eu - contra a pele macia
Daquele corpo moreno,
Sentia o mundo pequeno,
Bombeando cheio de enlevo
Dois olhos - flores de trevo
Com respingos de sereno!
Mas o que é bom se termina
- Cumpriu-se o velho ditado,
Eu que dançava, embalado,
Nos braços doces da china
Escutei - de relancina,
Uma espécie de relincho,
Era o dono do bochincho,
Meio oitavado num canto,
Que me olhava - com espanto,
Mais sério do que um capincho!
E foi ele que se veio,
Pois era dele a pinguancha,
Bufando e abrindo cancha
Como dono de rodeio.
Quis me partir pelo meio
Num talonaço de adaga
Que - se me pega - me estraga,
Chegou levantar um cisco,
Mas não é a toa - chomisco!
Que sou de São Luiz Gonzaga!
Meio na volta do braço
Consegui tirar o talho
E quase que me atrapalho
Porque havia pouco espaço,
Mas senti o calor do aço
E o calor do aço arde,
Me levantei - sem alarde,
Por causa do desaforo
E soltei meu marca touro
Num medonho buenas-tarde!
Tenho visto coisa feia,
Tenho visto judiaria,
Mas ainda hoje me arrepia
Lembrar aquela peleia,
Talvez quem ouça - não creia,
Mas vi brotar no pescoço,
Do índio do berro grosso
Como uma cinta vermelha
E desde o beiço até a orelha
Ficou relampeando o osso!
O índio era um índio touro,
Mas até touro se ajoelha,
Cortado do beiço a orelha
Amontoou-se como um couro
E aquilo foi um estouro,
Daqueles que dava medo,
Espantou-se o chinaredo
E amigos - foi uma zoada,
Parecia até uma eguada
Disparando num varzedo!
Não há quem pinte o retrato
Dum bochincho - quando estoura,
Tinidos de adaga - espora
E gritos de desacato.
Berros de quarenta e quatro
De cada canto da sala
E a velha gaita baguala
Num vanerão pacholento,
Fazendo acompanhamento
Do turumbamba de bala!
É china que se escabela,
Redemoinhando na porta
E chiru da guampa torta
Que vem direito à janela,
Gritando - de toda guela,
Num berreiro alucinante,
Índio que não se garante,
Vendo sangue - se apavora
E se manda - campo fora,
Levando tudo por diante!
Sou crente na divindade,
Morro quando Deus quiser,
Mas amigos - se eu disser,
Até periga a verdade,
Naquela barbaridade,
De chínaredo fugindo,
De grito e bala zunindo,
O gaiteiro - alheio a tudo,
Tocava um xote clinudo,
Já quase meio dormindo!
E a coisa ia indo assim,
Balanceei a situação,
- Já quase sem munição,
Todos atirando em mim.
Qual ia ser o meu fim,
Me dei conta - de repente,
Não vou ficar pra semente,
Mas gosto de andar no mundo,
Me esperavam na do fundo,
Saí na Porta da frente...
E dali ganhei o mato,
Abaixo de tiroteio
E inda escutava o floreio
Da cordeona do mulato
E, pra encurtar o relato,
Me bandeei pra o outro lado,
Cruzei o Uruguai, a nado,
Que o meu zaino era um capincho
E a história desse bochincho
Faz parte do meu passado!
E a china - essa pergunta me é feita
A cada vez que declamo
É uma coisa que reclamo
Porque não acho direita
Considero uma desfeita
Que compreender não consigo,
Eu, no medonho perigo
Duma situação brasina
Todos perguntam da china
E ninguém se importa comigo!
E a china - eu nunca mais vi
No meu gauderiar andejo,
Somente em sonhos a vejo
Em bárbaro frenesi.
Talvez ande - por aí,
No rodeio das alçadas,
Ou - talvez - nas madrugadas,
Seja uma estrela chirua
Dessas - que se banha nua
No espelho das aguadas!
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sábado, 28 de agosto de 2010
O QUE QUER DIZER PAJADOR OU PAYADOR
PAYADOR OU PAJADOR EQUIVALE A "REPENTISTA", OU SEJA, FAZER VERSOS DE IMPROVISO.
O que é
Pajador é o repentista que canta seus versos de improviso com o acompanhamento de milonga, feito por guitarra. No sul do Brasil, o pajador canta seus versos em Décima Espinela (ABBAACCDDC) no estilo recitado e não se acompanha musicalmente como nos Países do Prata. Um músico de apoio executa a milonga para a pajada.
Pajador (ou payador em espanhol) quer dizer repentista. A origem da palavra não tem uma definição convencionada. Há algumas hipóteses: alguns autores afirmam que venha de "payo" nome do primitivo habitante de Castilla, outros que seria de "pago" ou "pagueador" e ainda há quem sugira que venha de "palla" nome dado pelos Quichuas aos grupos de índios que sentavam nas praças a cantar. Há quem afirme que possa vir da palavra "pajé", chefe espiritual dos índígenas, misto de sacerdote, médico e feiticeiro. Contudo ninguém sabe ao certo.
A grafia da palavra em espanhol é Payador e em português, convencionamos, Pajador, porém sua pronúncia é a mesma: PAJADOR.
O pajador foi o andejo ou gaudério que surgiu na origem do gaúcho (ou el gaucho). Cruzava os campos em busca de lonjuras, quando o sul da América tinha suas fronteiras imprecisas. Até que provem o contrário, pode-se afirmar que ele esteve em terras, hoje brasileiras, do mesmo jeito e no mesmo período em que, em uruguaias, argentinas e chilenas.
Dia do Pajador Gaúcho é comemorado oficialmente em 30 de janeiro
Pela primeira vez, o Dia do Pajador Gaúcho é comemorado oficialmente no Rio Grande do Sul, haja vista que a Lei 11.676, que institui a data, foi publicada no Diário Oficial, dia 16 de outubro de 2001, depois de aprovada por unanimidade na Assembléia Legislativa e sancionada pelo Executivo.
A data comemorativa aos repentistas gaúchos presta uma homenagem ao dia de nascimento do pajador-dos-pajadores, Jayme Caetano Braun, e se originou de um projeto de lei do Deputado João Luiz Vargas.
Pajadores Gaúchos
Jadir Oliveira
Pajador brasileiro, poeta, músico e trovador residente em São Leopoldo. Possui obras de sua autoria e interpretação em coletâneas. Foi o vencedor das duas edições do primeiro festival de pajadas realizado no Rio Grande do Sul, a Pajada Jayme Caetano Braun, evento que aconteceu na programação do Mi Maior de Gavetão, em Sapucaia do Sul, em 1999 e 2000. Foi um dos pajadores convidados para o Encontro Internacional de Declamadores e Pajadores (Vacaria). Foi premiado em segundo lugar na modalidade de pajada da Fenatrova de Passo Fundo, em 2000. Participou do 1º Encontro de Pajadores, em Porto Alegre, no ano de 2001. É um dos pajadores participantes do CD Pajadores do Brasil, lançado em 2001, pela gravadora Usadiscos.
José Estivalet
Pajador brasileiro, poeta, radialista, trovador e escritor. Natural de Santo Ângelo, atualmente residente em Porto Alegre. Possui dois CDs de trova e um livro de ensaios da cultura gaúcha. Foi o vice-campeão do primeiro festival de pajada acontecido no Rio Grande do Sul, Pajada Jayme Caetano Braun, realizado em Sapucaia do Sul, em 1999. Foi um dos pajadores convidados para o Encontro Internacional de Declamadores e Pajadores (Vacaria). Foi o campeão da modalidade de pajada na Fenatrova de Passo Fundo, em 2000. Estivalet foi um dos autores da proposição que criou a 1ª Pajada Jayme Caetano Braun, de Sapucaia do Sul. Participou do 1º Encontro de Pajadores, em Porto Alegre, no ano de 2001. É um dos pajadores participantes do CD Pajadores do Brasil, lançado em 2001, pela gravadora Usadiscos.
Pedro Junior da Fontoura
Pajador brasileiro, poeta, declamador e ator, residente em Bento Gonçalves. Tem se dedicado exclusivamente à Arte e conquistado boas premiações em festivais de poesia. Possui dois CDs de poesia e pajadas, inclusive com a participação especial do "payador" uruguaio Juan Pedro Gutierres, em um dos seus trabalhos. Gravou um CD de poemas de autoria de Colmar Duarte. Pedro tem levado a poesia às escolas num espetáculo interativo. Tem atuado em espetáculos de pajadas no Rio Grande do Sul, Argentina e Uruguai, e foi um dos pajadores convidados para o Encontro Internacional de Declamadores e Pajadores (Vacaria). Participou do 1º Encontro de Pajadores, em Porto Alegre, no ano de 2001. É um dos pajadores participantes do CD Pajadores do Brasil, lançado em 2001, pela gravadora Usadiscos.
Participou do Espetáculo Internacional de Pajadas, em Uruguaiana, em homenagem aos 30 anos da Califórnia da Canção, em 2001.
Arabi Rodrigues
Pajador brasileiro, residente em Novo Hamburgo, poeta conceituado com diversos livros editados a exemplo de Pastoreio e Prenda Minha e trabalhos fonográficos importantes, um em conjunto com Algacir Costa e outro com Glênio Fagundes, Paulinho Pires, Dorval Dias e Leonardo Charrua.
Foi um dos pajadores brasileiros convidados para o Te-Déum de Pajadores da América Latina (Passo Fundo) e Encontro Internacional de Declamadores e Pajadores (Vacaria)
Participou do 1º Encontro de Pajadores, em Porto Alegre, no ano de 2001.
Paulo de Freitas Mendonça
Pajador brasileiro, poeta e radialista. Possui dois livros de poesias e participa de sete antologias poéticas no Brasil. Possui um disco individual de pajadas e poesias, gravou um CD de pajadas com o pajador uruguaio José Curbelo, Pajadores Sem Fronteiras, e é um dos pajadores participantes do CD Pajadores do Brasil, lançado em 2001, pela gravadora Usadiscos, CD idealizado e produzido por ele.
Foi um dos autores da proposição que criou o primeiro festival de pajadas no Estado. Foi quem sugeriu a criação do Encontro de Pajadores e Declamadores no Rodeio Internacional de Vacaria. Foi um dos pajadores convidados para o Te-Déum de Pajadores da América Latina de Passo Fundo. Tem atuado com pajadores argentinos e uruguaios nos três países, inclusive neste ano proferiu palestra no 1º Taller de Payadores, em Montevidéu, Uruguai. Também foi palestrante na Jornada Ibero-americana de la Décima, em Tandil, na Argentina, em 2000. É presidente da Associação dos Pajadores e Declamadores Gaúchos. Foi o único pajador brasileiro a participar, em 2000, da comemoração do Dia do Payador Oriental, em 15 anos de show. Foi o único pajador brasileiro a atuar no Teatro Carlos Molina, considerado o palco dos pajadores em Montevidéu.
Participou do Espetáculo Internacional de Pajadas, em Uruguaiana, em homenagem aos 30 anos da Califórnia da Canção, em 2001.
Jose Curbelo
Payador uruguaio, residente em Buenos Aires (Argentina). Consagrado como um dos mais importantes pajadores da América Latina, tendo percorrido vários países com seu canto de improviso, como México, Cuba, Porto Rico, Venezuela, Brasil, Uruguai e Argentina, entre outros, onde produziu discos com pajadores locais.
Possui diversos CDs individuais e foi um dos pajadores convidados para o Encontro Internacional de Declamadores e Pajadores (Vacaria). Gravou no Brasil, juntamente com Paulo de Freitas Mendonça, o CD Pajadores Sem Fronteiras. Participou como palestrante na Jornada Ibero-americana de la Décima, em Tandil, na Argentina e no 1º Taller de Payadores, em Montevidéu, Uruguai, em 2001. Tem atuado em diversos encontros de pajadores na Argentina e no Uruguai, sendo uma das mais badaladas atrações do Teatro Carlos Molina, no Uruguai.
Foi um dos que sugeriram a criação da Lei que oficializa o Dia do Pajador Argentino. Participou do Espetáculo Internacional de Pajadas, em Uruguaiana, em homenagem aos 30 anos da Califórnia da Canção, em 2001.
Marta Suint
Pajadora argentina, residente em Buenos Aires. Uma das poucas pajadoras existentes, porém não só por isso é conceituada em seu país e sim pelo talento ao "tançar" versos com pajadores dos Países do Prata. Possui discos de pajadas e tem atuado em espetáculos do gênero no Uruguai e na Argentina, participando de coletânea discográficas deste tipo de arte. Tem participado de encontros de pajadores na Argentina, no Uruguai, em cuba e outros países. Gravou recentemente com o pajador uruguaio Walter Mosegui e a cantora Josefina Trotti, o trabalho intitulado Payadas e Canciones Rio-Pratenses.
Adão Bernardes
Pajador brasileiro, poeta e trovador. Autor de diversos trabalhos gravados em discos por conceituados intérpretes. Foi vice-campeão da 2ª edição da Payada Jayme Caetano Braun, acontecida em 2000, em Sapucaia do Sul. É um dos pajadores participantes do CD Pajadores do Brasil, lançado em 2001, pela gravadora Usadiscos. Posteriormente a este CD, lançou um disco de trovas, poesias e pajadas no qual conta com a participação de importantes nomes da cultura gaúcha. Participou do 1º Encontro de Pajadores, em Porto Alegre, no ano de 2001.
Glênio Fagundes
Músico, poeta, cantor e profissional de rádio e televisão. Autor de livros e discos de sucesso a exemplo de Cevando o Mate e Os Teatinos. É considerado como um dos melhores guitarreiros para pajadas no Estado. Acompanhou ao Jayme Caetano Braun, desde o início de sua carreira. Tem acompanhado a Paulo de Freitas Mendonça e Arabi Rodrigues em diversos espetáculos. Foi o guitarreiro oficial do Encontro de Pajadores e Declamadores de Vacaria, em 2000 e do Encontro de Pajadores em Porto Alegre, em 2001.
Osmar Carvalho
Músico, compositor e professor de violão. Possui obras de sua autoria gravadas pelos principais intérpretes do Rio Grande do Sul. É premiado como compositor e instrumentista nos principais festivais do Estado. Tem acompanhado ao pajador Paulo de Freitas Mendonça em espetáculos e apresentações em programas de televisão.
Participou do Espetáculo Internacional de Pajadas, em Uruguaiana, em homenagem aos 30 anos da Califórnia da Canção.
Jayme Caetano Braun
OBS:VEJA NESTE BLOG OS VERSOS DE JAIME CAETANO BRAUN:O BOCHINCHO E O TEMPO
O que é
Pajador é o repentista que canta seus versos de improviso com o acompanhamento de milonga, feito por guitarra. No sul do Brasil, o pajador canta seus versos em Décima Espinela (ABBAACCDDC) no estilo recitado e não se acompanha musicalmente como nos Países do Prata. Um músico de apoio executa a milonga para a pajada.
Pajador (ou payador em espanhol) quer dizer repentista. A origem da palavra não tem uma definição convencionada. Há algumas hipóteses: alguns autores afirmam que venha de "payo" nome do primitivo habitante de Castilla, outros que seria de "pago" ou "pagueador" e ainda há quem sugira que venha de "palla" nome dado pelos Quichuas aos grupos de índios que sentavam nas praças a cantar. Há quem afirme que possa vir da palavra "pajé", chefe espiritual dos índígenas, misto de sacerdote, médico e feiticeiro. Contudo ninguém sabe ao certo.
A grafia da palavra em espanhol é Payador e em português, convencionamos, Pajador, porém sua pronúncia é a mesma: PAJADOR.
O pajador foi o andejo ou gaudério que surgiu na origem do gaúcho (ou el gaucho). Cruzava os campos em busca de lonjuras, quando o sul da América tinha suas fronteiras imprecisas. Até que provem o contrário, pode-se afirmar que ele esteve em terras, hoje brasileiras, do mesmo jeito e no mesmo período em que, em uruguaias, argentinas e chilenas.
Dia do Pajador Gaúcho é comemorado oficialmente em 30 de janeiro
Pela primeira vez, o Dia do Pajador Gaúcho é comemorado oficialmente no Rio Grande do Sul, haja vista que a Lei 11.676, que institui a data, foi publicada no Diário Oficial, dia 16 de outubro de 2001, depois de aprovada por unanimidade na Assembléia Legislativa e sancionada pelo Executivo.
A data comemorativa aos repentistas gaúchos presta uma homenagem ao dia de nascimento do pajador-dos-pajadores, Jayme Caetano Braun, e se originou de um projeto de lei do Deputado João Luiz Vargas.
Pajadores Gaúchos
Jadir Oliveira
Pajador brasileiro, poeta, músico e trovador residente em São Leopoldo. Possui obras de sua autoria e interpretação em coletâneas. Foi o vencedor das duas edições do primeiro festival de pajadas realizado no Rio Grande do Sul, a Pajada Jayme Caetano Braun, evento que aconteceu na programação do Mi Maior de Gavetão, em Sapucaia do Sul, em 1999 e 2000. Foi um dos pajadores convidados para o Encontro Internacional de Declamadores e Pajadores (Vacaria). Foi premiado em segundo lugar na modalidade de pajada da Fenatrova de Passo Fundo, em 2000. Participou do 1º Encontro de Pajadores, em Porto Alegre, no ano de 2001. É um dos pajadores participantes do CD Pajadores do Brasil, lançado em 2001, pela gravadora Usadiscos.
José Estivalet
Pajador brasileiro, poeta, radialista, trovador e escritor. Natural de Santo Ângelo, atualmente residente em Porto Alegre. Possui dois CDs de trova e um livro de ensaios da cultura gaúcha. Foi o vice-campeão do primeiro festival de pajada acontecido no Rio Grande do Sul, Pajada Jayme Caetano Braun, realizado em Sapucaia do Sul, em 1999. Foi um dos pajadores convidados para o Encontro Internacional de Declamadores e Pajadores (Vacaria). Foi o campeão da modalidade de pajada na Fenatrova de Passo Fundo, em 2000. Estivalet foi um dos autores da proposição que criou a 1ª Pajada Jayme Caetano Braun, de Sapucaia do Sul. Participou do 1º Encontro de Pajadores, em Porto Alegre, no ano de 2001. É um dos pajadores participantes do CD Pajadores do Brasil, lançado em 2001, pela gravadora Usadiscos.
Pedro Junior da Fontoura
Pajador brasileiro, poeta, declamador e ator, residente em Bento Gonçalves. Tem se dedicado exclusivamente à Arte e conquistado boas premiações em festivais de poesia. Possui dois CDs de poesia e pajadas, inclusive com a participação especial do "payador" uruguaio Juan Pedro Gutierres, em um dos seus trabalhos. Gravou um CD de poemas de autoria de Colmar Duarte. Pedro tem levado a poesia às escolas num espetáculo interativo. Tem atuado em espetáculos de pajadas no Rio Grande do Sul, Argentina e Uruguai, e foi um dos pajadores convidados para o Encontro Internacional de Declamadores e Pajadores (Vacaria). Participou do 1º Encontro de Pajadores, em Porto Alegre, no ano de 2001. É um dos pajadores participantes do CD Pajadores do Brasil, lançado em 2001, pela gravadora Usadiscos.
Participou do Espetáculo Internacional de Pajadas, em Uruguaiana, em homenagem aos 30 anos da Califórnia da Canção, em 2001.
Arabi Rodrigues
Pajador brasileiro, residente em Novo Hamburgo, poeta conceituado com diversos livros editados a exemplo de Pastoreio e Prenda Minha e trabalhos fonográficos importantes, um em conjunto com Algacir Costa e outro com Glênio Fagundes, Paulinho Pires, Dorval Dias e Leonardo Charrua.
Foi um dos pajadores brasileiros convidados para o Te-Déum de Pajadores da América Latina (Passo Fundo) e Encontro Internacional de Declamadores e Pajadores (Vacaria)
Participou do 1º Encontro de Pajadores, em Porto Alegre, no ano de 2001.
Paulo de Freitas Mendonça
Pajador brasileiro, poeta e radialista. Possui dois livros de poesias e participa de sete antologias poéticas no Brasil. Possui um disco individual de pajadas e poesias, gravou um CD de pajadas com o pajador uruguaio José Curbelo, Pajadores Sem Fronteiras, e é um dos pajadores participantes do CD Pajadores do Brasil, lançado em 2001, pela gravadora Usadiscos, CD idealizado e produzido por ele.
Foi um dos autores da proposição que criou o primeiro festival de pajadas no Estado. Foi quem sugeriu a criação do Encontro de Pajadores e Declamadores no Rodeio Internacional de Vacaria. Foi um dos pajadores convidados para o Te-Déum de Pajadores da América Latina de Passo Fundo. Tem atuado com pajadores argentinos e uruguaios nos três países, inclusive neste ano proferiu palestra no 1º Taller de Payadores, em Montevidéu, Uruguai. Também foi palestrante na Jornada Ibero-americana de la Décima, em Tandil, na Argentina, em 2000. É presidente da Associação dos Pajadores e Declamadores Gaúchos. Foi o único pajador brasileiro a participar, em 2000, da comemoração do Dia do Payador Oriental, em 15 anos de show. Foi o único pajador brasileiro a atuar no Teatro Carlos Molina, considerado o palco dos pajadores em Montevidéu.
Participou do Espetáculo Internacional de Pajadas, em Uruguaiana, em homenagem aos 30 anos da Califórnia da Canção, em 2001.
Jose Curbelo
Payador uruguaio, residente em Buenos Aires (Argentina). Consagrado como um dos mais importantes pajadores da América Latina, tendo percorrido vários países com seu canto de improviso, como México, Cuba, Porto Rico, Venezuela, Brasil, Uruguai e Argentina, entre outros, onde produziu discos com pajadores locais.
Possui diversos CDs individuais e foi um dos pajadores convidados para o Encontro Internacional de Declamadores e Pajadores (Vacaria). Gravou no Brasil, juntamente com Paulo de Freitas Mendonça, o CD Pajadores Sem Fronteiras. Participou como palestrante na Jornada Ibero-americana de la Décima, em Tandil, na Argentina e no 1º Taller de Payadores, em Montevidéu, Uruguai, em 2001. Tem atuado em diversos encontros de pajadores na Argentina e no Uruguai, sendo uma das mais badaladas atrações do Teatro Carlos Molina, no Uruguai.
Foi um dos que sugeriram a criação da Lei que oficializa o Dia do Pajador Argentino. Participou do Espetáculo Internacional de Pajadas, em Uruguaiana, em homenagem aos 30 anos da Califórnia da Canção, em 2001.
Marta Suint
Pajadora argentina, residente em Buenos Aires. Uma das poucas pajadoras existentes, porém não só por isso é conceituada em seu país e sim pelo talento ao "tançar" versos com pajadores dos Países do Prata. Possui discos de pajadas e tem atuado em espetáculos do gênero no Uruguai e na Argentina, participando de coletânea discográficas deste tipo de arte. Tem participado de encontros de pajadores na Argentina, no Uruguai, em cuba e outros países. Gravou recentemente com o pajador uruguaio Walter Mosegui e a cantora Josefina Trotti, o trabalho intitulado Payadas e Canciones Rio-Pratenses.
Adão Bernardes
Pajador brasileiro, poeta e trovador. Autor de diversos trabalhos gravados em discos por conceituados intérpretes. Foi vice-campeão da 2ª edição da Payada Jayme Caetano Braun, acontecida em 2000, em Sapucaia do Sul. É um dos pajadores participantes do CD Pajadores do Brasil, lançado em 2001, pela gravadora Usadiscos. Posteriormente a este CD, lançou um disco de trovas, poesias e pajadas no qual conta com a participação de importantes nomes da cultura gaúcha. Participou do 1º Encontro de Pajadores, em Porto Alegre, no ano de 2001.
Glênio Fagundes
Músico, poeta, cantor e profissional de rádio e televisão. Autor de livros e discos de sucesso a exemplo de Cevando o Mate e Os Teatinos. É considerado como um dos melhores guitarreiros para pajadas no Estado. Acompanhou ao Jayme Caetano Braun, desde o início de sua carreira. Tem acompanhado a Paulo de Freitas Mendonça e Arabi Rodrigues em diversos espetáculos. Foi o guitarreiro oficial do Encontro de Pajadores e Declamadores de Vacaria, em 2000 e do Encontro de Pajadores em Porto Alegre, em 2001.
Osmar Carvalho
Músico, compositor e professor de violão. Possui obras de sua autoria gravadas pelos principais intérpretes do Rio Grande do Sul. É premiado como compositor e instrumentista nos principais festivais do Estado. Tem acompanhado ao pajador Paulo de Freitas Mendonça em espetáculos e apresentações em programas de televisão.
Participou do Espetáculo Internacional de Pajadas, em Uruguaiana, em homenagem aos 30 anos da Califórnia da Canção.
Jayme Caetano Braun
QUEM FOI JAIME CAETANO BRAUN
jaime caetano braun |
Payador, poeta e radialista, Jaime Caetano Braun nasceu na Timbaúva (hoje Bossoroca), na época distrito de São Luiz Gonzaga, na Região das Missões no Rio Grande do Sul.
Durante sua carreira fez diversas payadas, poemas e canções, sempre ressaltando o Rio Grande do Sul, a vida campeira, os modos gaúchos e a natureza local.
Jaime sonhava em ser médico mas, tendo apenas o Ensino Médio, se tornou um autodidata principalmente nos assuntos da cultura sulina e remédios caseiros, pois afirmava que "todo missioneiro tem a obrigação de ser um curador".
Aos 16 anos mudou-se para Passo Fundo, onde viveria até os 19 anos. Na capital do Planalto Médio, Jaime completou seus estudos no Colégio Marista Conceição e serviu ao Exercito Brasileiro.
Jaime foi membro e co-fundador da Academia Nativista Estância da Poesia Crioula, grupo de poetas tradicionalistas que se reuniu no final dos anos 50, na capital gaúcha.
Trabalhou, publicando poemas, em jornais como O Interior e A noticia (de São Luiz Gonzaga). Passa dirigir em 1948 o programa radiofônico Galpão de Estância, em São Luiz Gonzaga e em 1973 passa a participar do programa semanal Brasil Grande do Sul, na Rádio Guaíba. Na capital, o primeiro jornal a publicar seus poemas foi o A Hora, que dedicava toda semana uma página em cores aos poemas de Jaime.
Como funcionário público trabalhou no Instituto de Pensões e Aposentadorias dos Servidores do Estado e ainda foi diretor da Biblioteca Pública do Estado de 1959 a 1963, aposentando-se em 1969. Na farmácia do IPASE era reconhecido pelo grande conhecimento que tinha dos remédios.
Marcelo (e), enteado de Jaime, ao lado do idealizador do Memorial em sua homenagem em Passo Fundo.Em 1945 começa a atuar na política, participando em palanques de comício como payador. O poema O Petiço de São Borja, publicado em revistas e jornais do país, fala de Getúlio Vargas. Participa das campanhas de Ruy Ramos, com o poema O Mouro do Alegrete, como era conhecido o político e parente de Jaime. Foi Ruy Ramos, também ligado ao tradicionalismo, que lançou Jaime Caetano Braun como payador, no 1º Congresso de Tradicionalismo do Rio Grande do Sul, realizado em Santa Maria no ano de 1954.
Casou duas vezes, em 1947 com Nilda Jardim ,e em 1988 com Aurora de Souza Ramos. Teve três filhos, Marco Antônio e José Raimundo do primeiro casamento, e Cristiano do segundo.
Anos mais tarde participaria das campanhas de Leonel Brizola, João Goulart e Egidio Michaelsen e em 1962 concorreria a uma vaga na Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul pelo PTB, ficando como suplente [2].
Veio a falecer de parada cardíaca em 8 de julho de 1999, por volta das 6h, em Porto Alegre. Seu corpo foi velado no Palácio Piratini, sede do governo sul-riograndense, e enterrado no cemitério João XXIII, na capital do estado. Para o dia seguinte estava programado o lançamento de seu último disco Exitos 1.
sábado, 21 de agosto de 2010
ESTE É DA CIDADE DE CIRÍACO, EM FRENTE AO CTG
OS DESCENDENTES DE ITALIANOS COM O TEMPO ADERIRAM AS TRADIÇÕES GAÚCHAS.
EM FRENTE AO CTG NECO GOULART
EM FRENTE AO CTG NECO GOULART
TRAJE DA INDUMENTÁRIA GAUCHA NO TEMPO PRESENTE
No tempo presente a indumentária gaúcha não difere muito daquela da época anterior.
Uma curiosidade é que as moças usam cabelos soltos ou trançados e as senhoras em coque, podendo ser enfeitados com flores e fitas.Muito bonito.
Uma curiosidade é que as moças usam cabelos soltos ou trançados e as senhoras em coque, podendo ser enfeitados com flores e fitas.Muito bonito.
Para os homens é indipensável a bombacha,, que na verdade chegou ao Uruguai através dos comerciantes ingleses e surgiu no Rio Grande do sul na época da Guerra do Paraguai.(1865-1870).
No início era usada somente pelos pobres, mas depois popularizou-se.
Também se usa no tempo presente vestimenta de trabalho, principalmente para os homens , as mulheres raramente usam indumentária gaucha fora dos CTGS -CENTROS DE TRADIÇÕES GAÚCHAS.
Porém é comum no interior do Rio Grande do sul encontrar homens usando a indumentária de trabalho, principalmente bombacha e chapéu.
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
Boleadeiras - John Gaucho-COM O TEMPO A DANÇA COM BOLEADEIRAS
MOSTRA A DESTREZA NA ARTE DE USAR ESTAS ARMAS PRIMITIVAS
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
SIMÕES LOPES NETO ESCREVEU SOBRE AS TRIBOS RIOGRANDENSES
.CHARRUA CAVALGANDO |
PS CASAIS DE AÇORIANOS TROUXERAM SEUS COSTUMES NO VESTIR GAUCHO
estancieiro das Vacarias |
lÁ por volta de 1750 chegaram casais açorianos com seus costumes e usos, vieram a mando do governo portugues para colonizar o Rio Grande do sul, iniciaram as atividades agrícolas, fundaram o PORTO DOS CASAIS, HOJE PORTO ALEGRE e paulatinamente foram-se envolvendo também com a pecuária.
Então o gaúcho vai deixando de ser gaudério e transforma-se em proprietário de terras e gado, dando origem a uma nova classe social;O ESTANCIEIRO.
o ESTANCIEIRO então era chamado O SENHOR DAS VACARIAS, homem de posses, trajava-se à moda européia
A ESTANCIEIRA, a SENHORA DAS VACARIAS também vestia-se à moda europeia.
No período de 1820 a 1870 o gaúcho defiese como um tipo único, não mais changador e gaudério, mas pastor-soldado. marca registrada deste período é o caudilhismo , as guerras de independência e civis, incluindo o decênio histórico , A REVOLUÇÃO FARROUPILHA.
sábado, 14 de agosto de 2010
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
TRAJE DO PEÃO DAS VACARIAS
TRAJE PEÃO DAS VACARIAS E DA CHINA DAS VACARIAS |
O peão das Vacarias surgiu com a entrada do gado no pampa e suas necessidades decorrentes.O Peão das Vacarias era um ser errante, gaudério, changador, mescla de tipos humanos (diversos desertores do Exército e da Marinha, fugitivos, renegados indígenas, brancos, negros, meriços,europeus, bandeirantes) Por sua situação de vida , campeira e errante, pouca preocupação tinha com o traje , o qual destinava-se apenasa protegê-lo das intempéries e facilitar sua atividade de cavalgar e caçar gado, sendo portanto, este traje de pouco luxo.
A china das Vacarias em consonãncia com o peão vestia-se de forma despojada, respeitando as características de sua origem e, provavelmente , por não ter motivação para o vestir apurado nem chance de comunicação com o mundo andava até descalça!
quinta-feira, 12 de agosto de 2010
Quando Sopra o Minuano "José Cláudio Machado" (Contato César Cattani...
MINUANO-VENTO FRIO E SECO QUE SOPRA NO INVERNO
COMEÇANDO PELO TRAJE DO INDIO E DA INDIA
Fruto da influencia do caldeamento das raças a indumentária gaucha sofreu a influencia de todas as etnias entre os séuclos 17 e 18, desde a influencia do indigena, do gaúcho, dos açorianos e da colonização, a partir da Revolução Farroupilha até o tempo presente.
eis alguns dos trajes:
imposto aos índigenas pelos padres Jesuítas:
-chiripá= especie de saia composta de um retângulo de pano enrolado na cintura, cobrindo até os joelhos, aberta na frente e presa por uma faixa na cintura.
-calça a meia canela e camisa tipo túnica com uma abertura na frente do pescoço, de algodão branco, adotada mais tarde, ao se consolidar a influencia dos jesuítas.
--fita índia=vincha de pano ou fibra vegetal com a finalidade de segurar os cabelos em cavalgadas e trabalhos campeiros e evitar que o suor escorresse sobre os olhos.
-pala-bichará-grande retãngulo composto de dois panos tecidos, costurados e parte, com abertura para a cabeça ao centro.
-tipoy=usado pelas índias , vestido tipo camisão, feito com dois pedaços retangulares de algodão, linho ou juta, tecido nos teares manuais trazidos pelos padres jesuítas, costurados um no outro, com abertura para os braços e cabeça.
-txumbé=cordão ou faixa colorida atada na cintura
-cruz-símbolo das Missões pendurado no pescoço.
os tres trajes adotados pelos padres jesuítas para os indígenas |
traje indigena imposto pelos padres jesuítas. |
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